A dieta Dukan é uma dieta de perda de peso rica em proteínas e baixa em carboidratos, sendo dividida em quatro fases, duas para emagrecer (ataque e cruzeiro) e duas para manter o peso desejado (consolidação e estabilização). Ela tem como promessa promover a perda de peso rapidamente sem a necessidade de passar fome e ter dores de cabeça, ou ter efeito sanfona.
A dieta Dukan foi criada pelo médico francês Pierre Dukan, um clínico geral especializado em comportamento alimentar. Dukan criou essa dieta na década de 1970, a partir do caso de um paciente que disse que poderia deixar de comer qualquer alimento para emagrecer, com exceção da carne.
Depois de ver muitos de seus pacientes apresentarem resultados impressionantes de perda de peso com a dieta, o médico publicou o livro The Dukan Diet, em 2000, que acabou sendo divulgado em 32 países e se tornou um grande best-seller.
A dieta Dukan compartilha algumas características da dieta Stillman e da dieta Atkins, com alto teor de proteínas e baixo teor de carboidratos.
Como já mencionado, existem quatro fases na dieta Dukan: duas fases de perda de peso e duas fases de manutenção. A dieta começa com o cálculo do seu peso “ideal”, com base na sua idade, histórico de perda de peso e outros fatores. Quanto tempo você fica em cada fase depende de quanto peso você precisa perder para atingir seu peso “ideal”.
Existem quatro fases essenciais para a prática dessa dieta: ataque, cruzeiro, consolidação e estabilização:
Cada fase da dieta Dukan tem seu próprio padrão. Confira o que você pode consumir em cada uma delas:
A fase de ataque se baseia principalmente em alimentos ricos em proteínas, além de alguns extras que fornecem o mínimo de calorias:
Esta fase alterna entre dois dias. No primeiro dia, a pessoa só pode ingerir os alimentos da lista da fase de ataque. No segundo dia, além dos alimentos da fase de ataque, a pessoa pode ingerir:
Nenhum outro vegetal ou fruta é permitido. Além de uma colher de chá de óleo vegetal ou azeite em molhos para salada ou para lubrificar as panelas, nenhuma gordura deve ser adicionada.
Durante a fase de consolidação, os adeptos da dieta Dukan podem combinar qualquer um dos alimentos das listas de fases de ataque e cruzeiro, juntamente com o seguinte:
A fase de estabilização é a fase final da dieta Dukan. Nessa fase, nenhum tipo de alimentação é considerada estritamente fora dos limites, mas existem alguns princípios a seguir:
Aqui estão exemplos de planos de refeição para as três primeiras fases da dieta Dukan:
Não há muita pesquisa de qualidade disponível sobre a dieta Dukan. No entanto, um estudo realizado com mulheres polonesas que seguiram a dieta Dukan mostrou que elas perderam 15 quilos em 8 a 10 semanas.
Além disso, outros estudos mostraram que outras dietas ricas em proteínas e baseadas em baixo consumo de carboidratos, como a dieta Dukan, têm grandes benefícios para a perda de peso (confira aqui os estudos: 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8).
No entanto, a segurança da dieta Dukan não foi estudada e há diversas preocupações, como a restrição de calorias e o alto consumo de proteína, especialmente seu efeito sobre os rins e a saúde óssea (confira aqui estudos a respeito: 9, 10).
Vale ressaltar que esse plano alimentar é extremamente restrito, o que pode comprometer a sua viabilidade a longo prazo, além de possivelmente contribuir para o desenvolvimento de deficiências nutricionais. Em geral, acredita-se que a dieta promove uma abordagem desequilibrada com quantidades insuficientes de macros essenciais, incluindo carboidratos e gordura.
Por exemplo, pessoas que tendem a formar pedras nos rins podem piorar sua condição com uma ingestão muito alta de proteínas. Portanto, essas dietas não são recomendadas para pessoas com função renal prejudicada.
Além disso, a ingestão excessiva de proteína animal também possui outros problemas. De fato, ela promove um maior impacto socioambiental em comparação à dieta vegetariana e é menos saudável em termos de quantidade de agrotóxicos e outras substâncias nocivas.
Muitos especialistas acreditam, também, que a eliminação total de carne e seus derivados pode salvar o planeta do colapso ambiental. Se essa substituição acontecesse e o consumo de carne fosse extinto em até 15 anos, as emissões de dióxido de carbono anuais diminuiriam em 68%, número equivalente a 1 bilhão de toneladas de CO2. Entenda melhor esse tema nas matérias:
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