A dieta macrobiótica é caracterizada por priorizar os alimentos naturais e orgânicos. Ela também defende a eliminação completa de produtos químicos e ingredientes artificiais, inclusive nos produtos de higiene pessoal e outros de uso doméstico. Isso faz com que a dieta macrobiótica vá além da alimentação e seja um estilo de vida natural, que enfatiza o equilíbrio e a harmonia.
Os fundamentos macrobióticos derivam da filosofia. A filosofia macrobiótica sistematiza princípios holísticos e práticas dinâmicas que orientam as escolhas em nutrição e dia a dia, para obter um estilo de vida com saúde mental, física, emocional, social e que não prejudique o meio ambiente — pelo contrário, que viva em harmonia com ele.
George Ohsawa, um filósofo do final do século 20, é considerado o criador da macrobiótica. É ele quem definiu os princípios e valores do estilo de vida macrobiótico.
Em relação ao estilo de vida, a macrobiótica defende a aceitação das pessoas como elas são, a valorização da jornada de vida de cada um e a gratidão, incentivando a agradecer o que quer que aconteça. Essa filosofia também incentiva a viver com curiosidade, a aprender a pensar por si mesmo e explorar a vida mais profundamente.
A filosofia e dieta macrobiótica enfatizam a relação do ser humano com o meio ambiente, priorizando a harmonia com a natureza e considerando que corpo e natureza não estão separados. O que fazemos afeta o meio ambiente e também vai nos afetar de algum modo.
Por fim, para a saúde, a macrobiótica define sete condições: vitalidade, bom apetite por comida e vida naturais, sono profundo e revigorante, boa memória, visão agradável e alegre, pensamento e ação claros, honestidade e apreço. Além dessas condições, há alimentos e modos de preparo específicos que fazem parte da dieta macrobiótica.
A dieta macrobiótica é baseada na combinação de alimentos saudáveis e naturais. Assim, os alimentos permitidos são:
Alguns desses alimentos, no entanto, devem ser limitados.
A dieta macrobiótica também indica que se dê prioridade aos alimentos que cresceram e se adaptaram à sua região climática e os alimentos orgânicos, com o mínimo de aditivos químicos possível. Isso parte tanto da preocupação com a saúde quanto da preocupação em relação aos impactos ambientais.
Para a preparação, a dieta macrobiótica indica a preparação natural, técnicas de cozimento e métodos que preservem e realcem o sabor, a qualidade e os nutrientes dos alimentos.
Para mais, a dieta macrobiótica também incentiva comer com foco e atenção plena, sem distrações, como a televisão. Deve-se comer regularmente, devagar e mastigando bem a comida. Comidas e bebidas, como chás, devem servir para matar a fome e a sede e não para serem ingeridos em excesso.
Alguns alimentos devem ser consumidos apenas ocasionalmente ou algumas vezes por semana. São eles:
Outros devem ser consumidos muito raramente ou apenas algumas vezes por mês:
O principal objetivo da dieta macrobiótica é que o corpo se torne mais limpo, livre de substâncias tóxicas. Acredita-se que, à medida que o corpo vai ficando limpo, a mente se torna mais clara e o senso natural aguçado, indo ao encontro dos princípios e valores da filosofia macrobiótica.
Para atingir a limpeza, alguns alimentos ficam fora do cardápio:
É comum que a dieta macrobiótica seja adotada por pessoas que tenham diagnóstico de doenças cardíacas, obesidade ou síndrome pré-menstrual, pois a dieta ajuda a aliviar sintomas e auxilia na recuperação.
Como a dieta macrobiótica elimina os alimentos açucarados, como refrigerantes, ela também pode beneficiar pessoas com diabetes (confira estudo a respeito: 1). Sua ênfase em vegetais faz com que a alimentação seja rica em fitoestrogênios, compostos químicos que ajudam a reduzir os níveis circulantes de estrogênio em algumas mulheres. De acordo com um estudo, isso pode reduzir o risco de câncer de mama.
A alimentação macrobiótica pode ser considerada restritiva por algumas pessoas e, assim, difícil de ser mantida. Além disso, quem seguir a dieta pode passar por insuficiência de nutrientes, como a vitamina B12. Nesse caso, pode ser necessário suplementar.
No geral, não há muitas evidências científicas a respeito desse estilo de alimentação. Mas a dieta macrobiótica pode ser usada como tratamento complementar em casos de doenças e beneficiar seus adeptos, bem como outras dietas que priorizam os vegetais e diminuem o açúcar e a gordura.
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