A dieta para gota é usada como parte do tratamento para a gota, uma doença resultante do excesso de ácido úrico no sangue, que causa a formação de cristais em torno das juntas. O ácido úrico é uma resposta à quebra da purina, uma substância encontrada naturalmente no corpo humano, mas também presente em alguns alimentos.
Normalmente, o ácido úrico é eliminado pelos rins através da urina. Porém, o consumo constante de purinas dietéticas pode resultar na acumulação da substância, resultando na formação desses cristais, que causam inflamação, inchaço e dor nas juntas — sintomas característicos da gota.
Desse modo, a dieta para gota consiste em um plano alimentar com o objetivo de reduzir o consumo de purinas dietéticas. Também conhecida como uma dieta pobre em purinas, a dieta para gota pode diminuir o risco de ataques recorrentes da condição, além de retardar a sua progressão.
No entanto, é importante mencionar que os efeitos que a dieta para gota tem no tratamento da condição são menores daqueles oferecidos por medicamentos. Apesar de ser um dos passos para o tratamento, a dieta, nem as informações contidas neste site, substituem o acompanhamento médico.
Diferentemente de muitas outras dietas, a dieta para gota não possui um plano alimentar específico. Assim, ela é focada na diminuição do consumo de certos alimentos que podem causar crises de gota e seus sintomas.
Ela é, basicamente, uma dieta com baixo consumo de purinas. E, embora a substância seja encontrada em ambos alimentos de origem animal ou de plantas, acredita-se que apenas os alimentos de origem animal podem resultar em complicações associadas com a doença.
De acordo com uma pesquisa publicada em 2017, por exemplo, o consumo de alimentos de origem animal com altos níveis de purina pode aumentar o risco de desenvolver gota. Por outro lado, alimentos de origem vegetal que contêm a substância, como produtos derivados da soja e óleos vegetais podem diminuir esses riscos.
Entretanto, outros alimentos podem, também, prejudicar pessoas com a condição. Por isso, a dieta para gota abrange outros grupos alimentícios a serem evitados.
Características de certos alimentos podem resultar em surtos da condição. Portanto, é recomendado reduzir ou cortá-los dentro da dieta para gota.
Como já mencionado, a purina é um dos motivos para o aumento da produção de ácido úrico no organismo, o que pode desencadear surtos de gota. Porém, essa característica só é atribuída a alimentos ricos em purinas de origem animal, como:
Alguns tipos de bebidas alcoólicas, como a cerveja, também cabem dentro da categoria de substâncias ricas em purinas e, desse modo, também são cortadas da dieta para gota.
O consumo de alimentos ricos em frutose podem causar uma depleção de trifosfato de adenosina, o que, em decorrência também pode resultar na superprodução de ácido úrico. Assim, a dieta para gota limita a ingestão de alimentos processados que contêm xarope de milho com alto teor de frutose como aditivo e outras substâncias, como refrigerantes e bebidas açucaradas.
Alguns carboidratos também contêm açúcar, que pode contribuir para o desenvolvimento de resistência à insulina, condição altamente associada à uma alta produção de ácido úrico. Pesquisas sugerem que pessoas que seguem a dieta da gota devem cortar a ingestão de carboidratos de alto índice glicêmico, como:
Em geral, a dieta para gota inclui uma alimentação saudável e balanceada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e legumes. Alguns alimentos que podem ajudar a reduzir a produção de ácido úrico são:
Além disso, pesquisas indicam que uma dieta à base de plantas pode ser mais benéfica a pacientes com gota do que uma dieta rica em gordura com foco em carne. Porém, alguns alimentos de origem animal, como os leite e derivados e proteínas magras também podem ajudar a controlar os níveis de ácido úrico produzido no organismo.
Embora seja parte do tratamento, a dieta para gota não é uma cura para a doença. A dieta é apenas um passo para que os pacientes da condição tenham menores riscos de possíveis surtos dos sintomas, como a inflamação.
Para que a dieta tenha um melhor resultado, ela deve ser seguida a partir do conselho médico e em combinação com medicamentos propriamente prescritos.
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