Existe uma diferença entre medo e fobia, embora muitas vezes as palavras sejam usadas como sinônimos. Em geral, acredita-se que esses comportamentos podem ser diferenciados a partir da frequência em que ocorrem.
Segundo a American Psychological Association (APA), enquanto o medo é “uma emoção básica e intensa despertada pela detecção de uma ameaça iminente, envolvendo uma reação de alarme imediata que mobiliza o organismo ao desencadear um conjunto de alterações fisiológicas.”
A fobia é “um medo persistente e irracional de uma situação, objeto ou atividade específica… que é, consequentemente, evitado vigorosamente ou suportado com sofrimento acentuado”.
Porém, para entendê-los, é necessário compreender exatamente o que cada palavra representa.
O medo é uma reação natural dos seres vivos, como um mecanismo de sobrevivência. Ele vai além do que acontece na mente e possui respostas físicas que ocorrem quando um indivíduo acredita que existe um perigo real e iminente.
Para sobreviver, seres humanos e outros animais desenvolveram uma resposta de “lutar, fugir ou congelar” ao estresse — resultando no combate ou fuga de uma situação assustadora.
Ao sentirem medo, os seres humanos possuem reações fisiológicas que podem variar entre:
Ao congelar, entretanto, a frequência cardíaca diminui em vez de acelerar.
Durante um cenário que invoca o medo, a amígdala ativa o sistema nervoso simpático, que estimula o sistema endócrino a liberar hormônios do estresse. Ao mesmo tempo, o córtex cerebral – a parte do cérebro responsável pelo raciocínio e julgamento – é desligado. Isso resulta na dificuldade em fazer decisões durante algumas situações.
A fobia é um tipo de transtorno de ansiedade. Ela é definida pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais Vol. 5 (DSM-5) como uma ansiedade ou medo exagerado, persistente e sem proporções à situações que não necessariamente possuem alguma ameaça.
Quando alguém tem uma fobia, ou “fobia específica”, como é chamada na área de saúde mental, o medo excessivo é limitado à uma situação ou objeto específico. Alguns tipos de fobia incluem:
As fobias em geral são condições de saúde mental normais — de fato, cerca de 7% a 10% da população mundial sofre com algum tipo de medo intenso. Ele é mais comum em crianças, mas também pode afetar adultos e pessoas de todas as idades.
Sendo um transtorno da ansiedade, alguns sintomas das fobias podem ser físicos, como:
Ao entender ambos os tipos de comportamento, é possível enxergar a diferença entre medo e fobia.
Em geral, o medo é uma resposta comportamental comum do ser humano e é passageira, se dissipando assim que a situação acaba. Por outro lado, a fobia é persistente e pode causar impactos negativos em algumas pessoas, o que compromete o dia a dia do indivíduo.
Apenas de 10% a 25% das pessoas que têm uma fobia procuram tratamento para sua condição. Muitas vezes, isso é um resultado da evitação a certas experiências que podem resultar no medo.
Porém, diversos tipos de terapia profissional podem ajudar a tratar a fobia, como:
Se o medo persistir durante a terapia, o paciente pode ser encaminhado a consultas com psiquiatras. O tratamento é feito através de medicamentos que podem variar de acordo com a intensidade do medo, como remédios contra a ansiedade e ataques de pânico.
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