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Dióxido de cloro (CDS), também conhecido como clorosiloxidanil ou dioxido-lambda(5)-cloranil, é um composto inorgânico formado por cloro (Cl) e oxigênio (O), cuja molécula tem a fórmula ClO2. Devido a sua ação oxidante, ele é usado como alvejante, mas pode ser nocivo para a saúde e o meio ambiente. Entenda:
Dióxido de cloro é um composto químico na forma de gás (ponto de ebulição em 11°C) utilizado principalmente como alvejante. Por ser gasoso na temperatura ambiente, ele só pode ser transportado em sua forma congelada, que normalmente apresenta a cor laranja, ou conservado em solução aquosa.
Ele é usado para alvejar farinha, cera de abelha, couro, óleos, madeira, fibras têxteis e celulose para a produção de papel, além de servir como sanitizador da água potável e de alimentos como frutas, folhas, caules, tubérculos e carnes e para fazer fumigação em culturas como as de melão e tomate.
Por ser extremamente reativo, o dióxido de cloro elimina bactérias, vírus e fungos em concentrações baixas em um tempo mínimo de contato de 30 a 60 segundos. Por esse motivo, ele também é encontrado em produtos de limpeza, enxaguante bucal e desodorantes.
O dióxido de cloro também é conhecido como:
O dióxido de cloro é solúvel em água a uma temperatura de 25ºC e pressão de 34,5 mm Hg em uma proporção de 3,01 g de dióxido de cloro para 1 litro de água. Sua solução aquosa pode durar meses mantendo suas propriedades. Na forma gasosa, o dióxido de cloro é tóxico se for inalado e altamente explosivo, mas facilmente degradado pela luz solar. Quando aquecido, o ele emite o composto tóxico cloreto.
Além de função alvejante, o dióxido de cloro tem como principal uso o controle da proliferação de microrganismos nocivos à saúde humana. Ele é muito empregado no tratamento da água potável, na lavagem de vegetais, na indústria de branqueamento da celulose para a produção de papel e na indústria de laticínios.
O Laboratory Chemical Safety Summary (LCSS) Datasheet classifica o dióxido de cloro como perigoso para o meio ambiente, tóxico agudo, corrosivo e oxidativo.
Entre os riscos envolvidos no uso de dióxido de cloro estão:
A superexposição ao dióxido de cloro pode causar irritação dos olhos, nariz e garganta, bem como tosse, chiado no peito, bronquite e edema pulmonar.
Trabalhadores industrialmente expostos a baixas concentrações do gás no ar foram observados ocasionalmente sofrendo de irritação nos olhos e vendo halos nas luzes, mas esses efeitos foram menores em comparação com a irritação respiratória.
Outro grupo de trabalhadores expostos ao gás de dióxido de cloro apresentou bronquite crônica leve, sinais físicos de efeitos respiratórios, síndrome de disfunção reativa das vias aéreas (SDRV) e síndrome de disfunção reativa das vias aéreas superiores (SDVS).
Estudos encontraram casos de nascimentos prematuros em mães que consumiram água tratada com dióxido de cloro na gravidez.
Crianças nascidas de mães que beberam água tratada com dióxido de cloro ou hipoclorito apresentaram maior incidência de circunferência craniana pequena, comprimento corporal abaixo da média e icterícia neonatal.
O dióxido de cloro é muito tóxico por inalação em mamíferos, podendo gerar desconforto respiratório, edema pulmonar e enfisema. Estudos mostraram que a substância é extremamente nociva para animais aquáticos como os ouriços-do-mar e peixes da espécie Pimephales promelas.
Para reduzir a exposição ao dióxido de cloro, utilize um filtro água de barro e, após a filtragem, deixe a água em uma garrafa de vidro exposta ao Sol durante o dia, com uma tampa que permita a passagem de ar.
Dê preferência aos alimentos orgânicos, isso inclui carnes e vegetais. Se você tem o hábito de lavar seus vegetais com hipoclorito de sódio, enxágue-os bem após o demolho.
Um estudo mostrou que uma lavagem com água removeu 14% do dióxido de cloro usado para fazer a fumigação das culturas de tomate. Para intensificar a remoção da substância, deixe os vegetais expostos ao Sol durante algumas horas.
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