A distimia, também conhecida como transtorno depressivo persistente, é um tipo de depressão crônica de sintomas mais leves, porém de duração longa. Algumas pessoas confundem a distimia com traços de personalidade, já que quem tem esse diagnóstico costuma ter menos energia, ser pessimista e ter baixa autoestima.
Diferente da depressão maior, a distimia não tem um surgimento repentino e chamativo. Na verdade, esse transtorno é mais silencioso e muitas vezes pode fazer com que alguns indivíduos acham que quem sofre só “ficou chato”.
Outra característica importante da distimia é que ela dura longos períodos, dois anos ou mais, e pode afetar severamente a qualidade de vida de um indivíduo. Para garantir que os sintomas não interfiram no dia a dia, as pessoas com distimia podem optar por fazer psicoterapia e tratamento com antidepressivos.
Os sintomas depressivos da distimia são menos intensos, mas nem por isso mais fáceis de se lidar. Os principais sinais de que uma pessoa tem distimia são:
Ainda não se tem certeza qual a causa da distimia, ou da depressão. Alguns especialistas defendem que a genética tem um papel super importante no surgimento de depressão em um indivíduo. Ou seja, se seus pais sofrem de qualquer condição psicológica, podendo ser transtorno de ansiedade, bipolaridade e Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), você pode desenvolver distimia.
Além desses fatores, a depressão crônica de longa duração pode ser causada por funcionamento anormal nos circuitos cerebrais ou nas células nervosas que conectam diferentes partes do cérebro que regulam o humor. Estresse constante, doenças crônicas, uso de medicamentos e problemas familiares também são questões que podem aumentar a chance de alguém desenvolver distimia, desde que ela seja geneticamente predisposta a isso.
Como foi mencionado anteriormente, a distimia é uma forma mais branda da depressão. Ou seja, diferente do transtorno de depressão maior que pode durar menos e surgir do nada, desencadeado por um evento traumático, a distimia é uma condição crônica e menos severa.
É preciso frisar que apesar dos sintomas serem mais leves, a distimia é tão preocupante quanto a depressão comum e deve ser levada a sério. A condição também tem diferentes níveis desde o leve até o severo e deve ser acompanhada de perto por um profissional da saúde mental.
Assim como a depressão maior, pessoas com distimia apresentam ideações suicidas e tendência à automutilação. Se você estiver pensando em se machucar ou tentar suicidio, entre em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV) por meio do número 188. O atendimento funciona 24 horas por dia e é feito por voluntários especializados em auxiliar pessoas fragilizadas.
O CVV também faz atendimentos através de um chat em seu site, pelo e-mail, ou em postos localizados em algumas cidades do país.
Se você acha que tem distimia, ou conhece alguém que apresenta os sintomas, a melhor forma de obter o diagnóstico é recorrendo a um psicólogo ou psiquiatra. Esses profissionais irão avaliar os sintomas relatados e verificar se eles não são causados por condições como hipotireoidismo.
Se esse não for o caso, a pessoa com distimia vai receber o seu diagnóstico junto com os apontamentos necessários para a realização de seu tratamento. A maior parte dos profissionais levam em consideração o histórico familiar e suas experiências antes de dizer se o indivíduo tem o transtorno ou não.
Estudiosos acreditam que a distimia pode mostrar os primeiros sinais em qualquer fase da vida, mas que ela é mais comum em crianças e adolescentes. Para esses especialistas, até mesmo pessoas que desenvolveram a condição na vida adulta mostraram alguns sintomas em sua adolescência.
O tratamento de distimia é realizado a partir do uso de antidepressivos e outros medicamentos para a saúde mental. Esses remédios devem ser prescritos por um psiquiatra de acordo com os sintomas do paciente e seu quadro de saúde. O consumo do medicamento deve ser acompanhado para caso ele apresente qualquer tipo de efeito colateral.
Porém, quase todos os casos de distimia podem ser tratados com psicoterapia. Nesse caso, o paciente vai atender a um número de sessões com um terapeuta, por mês, e relatar sobre seus sentimentos e sua vida. Desta forma, ele pode buscar entender o que causa seus sentimentos e como lutar contra a depressão e alcançar o bem estar.
A maior parte das pessoas que sofre com transtornos psicológicos busca mudar seus hábitos diários para melhorar sua qualidade de vida. Confira a seguir algumas atitudes que podem lhe ajudar a lidar com a distimia:
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