Os diterpenos são metabólitos secundários, isto é, compostos orgânicos que não estão envolvidos diretamente no crescimento, desenvolvimento e reprodução dos organismos. Eles são constituintes típicos de plantas e fungos, mas também são sintetizados por certos insetos e organismos marinhos.
Os diterpenos são constituídos de cerca de 20 átomos de carbono em ligações duplas. Eles fazem parte da classe de terpenos, que são substâncias produzidas naturalmente pelos vegetais, comumente encontradas em óleos essenciais.
Os diterpenos correspondem a quatro unidades de isopreno. Essas unidades se combinam em diferentes formas e dão origem a uma variedade de diterpenos, tais como: abietano, quinonóide e cafestol. Alguns desses são encontrados no café, nos chás e em plantas, como a sálvia.
Os diterpenos exercem diversas atividades biológicas, com ações que combatem a inflamação, a atividade microbiana e espasmos. Além disso, em pesquisas, eles têm sido associados, por exemplo, a efeitos terapêuticos para doenças, como as cardiovasculares.
Existem vários tipos de diterpenos, sendo que cada um deles pode ser encontrado em diferentes organismos vegetais e animais. Veja alguns exemplos:
Os diterpenos estão presentes em processos naturais dos organismos e atuam de diferentes maneiras dependendo do seu tipo. Em cupins, em especial os do gênero Nasutitermes, os diterpenos estão na secreção que usam para se defender.
Estudos indicam que as plantas também usam essas substâncias como mecanismo de defesa. Elas armazenam-nas de maneira atóxica para evitar que as toxinas possam prejudicá-las. Dessa forma, elas afastam os herbívoros e se protegem de serem comidas.
Além dos processos naturais, muitos estudos ainda são desenvolvidos buscando entender os efeitos dos diterpenos no corpo humano.
Os cembranoides do tabaco já são conhecidos por serem capazes de inibir a atividade microbiana e por suas propriedades neuroprotetoras. Por causa disso, eles servem como modelos para o desenvolvimento futuro de medicamentos para tratar a Portanto, eles servem como modelos para o desenvolvimento futuro de medicamentos para tratar a AIDS e doenças que atacam o sistema nervoso.
A tansinona I, outro tipo de diterpeno, exibe várias propriedades biológicas que combatem o câncer. O andrographolide foi estudado por seus efeitos na sinalização celular, imunomodulação e acidente vascular cerebral.
Além disso, de acordo com estudos, o andrographolide também tem a propriedade de ajudar a recuperar o declínio cognitivo. O que sugere que possa ser usado como uma terapia potencial para a doença de Alzheimer.
De acordo com pesquisas, os diterpenos de alecrim mostraram efeitos antioxidantes e potencial de inibir a morte de células neuronais. Outros estudos científicos demonstram que o cafestol e o kahweol, diterpenos do café, apresentam efeitos quimioprotetores, podendo inibir o crescimento do câncer.
Extratos de frutos de X. aethiopica foram submetidos a estudos fitoquímicos de atividades cardiovasculares e diuréticas. As pesquisas constataram uma diminuição da pressão arterial sistólica.
Em outro estudo, diterpenos de X. aethiopica apresentaram propriedades analgésicas e anti-hiperalgésica, ou seja, as substâncias auxiliam na excessiva sensibilidade à dor. Apesar disso, eles também revelaram efeitos citotóxicos e que podem ser tóxicos para as células e para o esperma.
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