Diverticulite: sintomas, prevenção e tratamento

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Diverculite é uma inflamação e/ou infecção dos divertículos do intestino grosso (ou cólon), que são pequenas bolsas que se formam com o passar dos anos. Por si só, o desenvolvimento de divertículos – condição que recebe o nome de diverticulose – pode não causar nenhum sintoma e costuma ser inofensivo.

Já a doença diverticular é o conjunto de sintomas e sinais associados à diverticulose, provocando inchaço, sensação de estufamento, dor abdominal leve (sobretudo no lado esquerdo do abdômen) e episódios de constipação ou diarreia.

Como uma complicação da doença diverticular, pode ocorrer a diverticulite, que pode ser leve ou grave, quando vem acompanhada de uma infecção maciça ou perfuração (ruptura) do intestino.

Sintomas de diverticulite

Os sintomas podem incluir náuseas, dor abdominal intensa, febre, cólicas no lado esquerdo no abdômen que desaparecem após expelir gases ou evacuar, além da presença de sangue vermelho-vivo nas fezes.

A diverticulite pode ser aguda ou crônica. Na forma aguda, o paciente pode apresentar uma ou mais crises graves de infecção e inflamação. Na diverticulite crônica, a inflamação e a infecção podem diminuir, mas nunca desaparecer completamente, o que aumenta o risco para complicações.

Com o passar do tempo, a inflamação pode levar à obstrução intestinal e provocar prisão de ventre, fezes finas, diarreia, distensão abdominal e dor de barriga. Se a obstrução continuar, a dor e a sensibilidade abdominais aumentarão e pode haver episódios de náuseas e vômito.

Fatores de risco

As chances de desenvolver diverticulite aumentam com a idade. O problema é mais comum em pessoas acima dos 40 anos. A faixa etária em que a doença encontra maior prevalência vai dos 40 aos 60 anos. Outros fatores de risco incluem tabagismo, sedentarismo, consumo excessivo de gorduras (especialmente carne vermelha), dietas pobres em fibras e uso de medicamentos (esteroides, opioides e anti-inflamatórios não esteroides, como ibuprofeno ou naproxeno).

Essa condição pode causar dores abdominais constantes e inexplicáveis, acompanhadas por febre, conspiração ou diarreia. Nesses casos, o ideal é procurar orientação médica imediatamente. A diverticulite leve pode ser tratada com repouso, mudanças na dieta e antibióticos. A diverticulite grave ou recorrente pode exigir cirurgia.

Complicações

Cerca de 25% das pessoas com diverticulite aguda desenvolvem complicações.

  • Abcessos, coleções de pus da infecção, podem se formar ao redor dos divertículos infectados. Se os abcessos estiverem pelas paredes do intestino, pode ocorrer peritonite, uma infecção potencialmente fatal e complicação grave.
  • A perfuração ou laceração da parede intestinal pode causar abcessos e infecção por causa do vazamento de resíduos para a cavidade abdominal.
  • A cicatriz pode causar estenose ou bloqueio do intestino.
  • As fístulas podem se desenvolver se um divertículo infectado atingir um órgão próximo e formar uma conexão. Isso ocorre com mais frequência entre o intestino grosso e a bexiga, podendo levar a uma infecção renal. As fístulas também podem se formar entre o intestino grosso e a pele ou a vagina.
  • Sangramento intenso, que pode exigir transfusão de sangue.

Como prevenir

Pratique atividade física

Faça exercícios regularmente. O exercício promove o funcionamento normal do intestino e reduz a pressão dentro do cólon. Tente se exercitar por pelo menos 30 minutos diariamente.

Adicione fibras à sua alimentação

Uma dieta rica em fibras diminui o risco de diverticulite. Alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais frescos e grãos inteiros, amolecem os resíduos e os ajudam a passar mais rapidamente pelo cólon.

Beba água

Para prevenir a diverticulite, é importante ingerir uma grande quantidade de líquidos, especialmente água. A fibra funciona absorvendo água e aumentando os resíduos macios e volumosos em seu cólon. Por isso, se você não beber líquido suficiente para repor o que é absorvido, as fibras podem causar prisão de ventre.

Imagem de engin akyurt no Unsplash

Evite fumar

O tabagismo está associado a um maior risco de desenvolver diverticulite.

Diagnóstico

Os sintomas da diverticulite também podem ser semelhantes aos sinais de outras doenças; por isso, é essencial buscar orientação médica para um diagnóstico mais preciso. O diagnóstico pode exigir:

  • Exames de sangue, urina e fezes, para procurar eventuais infecções
  • Tomografias computadorizadas, para procurar divertículos inflamados ou infectados;
  • Um teste de enzimas hepáticas, para descartar problemas hepáticos.

Tratamento para diverticulite

Se a diverticulite for leve, repouso e a adoção de dieta líquida por um período, enquanto o intestino cicatriza, podem resolver. Antibióticos podem ser utilizados para tratar eventuais infecções. Em casos mais graves, pode ser necessário permanecer no hospital para tomar antibióticos por via intravenosa (injetados nas veias). Se o paciente tiver um abscesso abdominal, o médico fará a drenagem.

Caso o intestino se rompa ou houver peritonite, é provável que o paciente necessite passar por uma cirurgia. Para descartar o câncer de cólon, uma colonoscopia será feita após a cura da diverticulite.

Isabela

Redatora e revisora de textos, formada em Letras pela Universidade de São Paulo. Vegetariana, ecochata na medida, pisciana e louca dos signos. Apaixonada por literatura russa, filmes de terror dos anos 80, política & sociedade. Psicanalista em formação. Meu melhor amigo é um cachorro chamado Tico.

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