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Será que a doença X realmente existe? Qual é a importância do seu reconhecimento?

Doença X é um termo criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que representa uma possível epidemia causada por um patógeno desconhecido. O termo foi criado em 2018, em uma lista anual da OMS que contém até 10 doenças prioritárias que requerem atenção imediata com base em seu potencial epidêmico.

A lista, conhecida como R&D Blueprint, foi uma resposta à epidemia de ebola em 2014, que matou mais de 11 mil pessoas. Portanto, desde 2015 a organização trabalha neste documento, que serve de alerta aos governos que a pesquisa precisa ser parte integrante da resposta às epidemias internacionais.

Ela é formada por cientistas especializados em patógenos, que podem evidenciar a ameaça desses organismos à saúde humana.

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A importância do reconhecimento da doença X

Quando doenças como a ebola e a Covid-19 se manifestaram e criaram suas respectivas pandemias, ninguém sabia de onde surgiram ou como eram tratadas. Por isso, ao reconhecer a doença X, a OMS cria uma perspectiva sobre a importância do desenvolvimento tecnológico na área das ciências e do estudo de patógenos, impulsionando o desenvolvimento de tratamentos e vacinas. 

No caso da pandemia de Covid-19, por exemplo, o desenvolvimento da vacina, que ajudou a retardar a proliferação da doença, foi relativamente rápido. Porém, os fatores desconhecidos e a falta de preparação governamental para uma pandemia refletiu em milhões de mortes ao redor do mundo inteiro. 

Especialistas acreditam que existam cerca de 1,67 milhões de vírus no planeta e, de acordo com estimativas, entre 631 mil e 827 mil deles têm a capacidade de infectar pessoas. Em geral, cientistas conhecem apenas 263 desses patógenos e suas possíveis ameaças, o que significa que cerca de 99,96% das potenciais ameaças pandêmicas são desconhecidas. 

Desse modo, preparar-se para a doença X, como qualquer outra doença infecciosa, pode ajudar a preveni-las de modo efetivo. 

vacina, ilustrando a importância do reconhecimento de uma possível pandemia de doença x
Foto de Mufid Majnun na Unsplash

Quais são as outras doenças presentes na lista da OMS?

Além da doença X, que é constantemente citada como um possível perigo à saúde pública, a lista da OMS possui diversas outras condições de potencial epidêmico. Entretanto, ela muda anualmente. 

Em geral, a lista já conteve doenças como: 

  • Ebola
  • Covid-19
  • Zika 
  • Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars)
  • Febre de Lassa
  • Febre hemorrágica da Crimeia-Congo

O propósito da lista, além de alertar sobre possíveis pandemias, é reconhecer possíveis lacunas de conhecimento sobre os patógenos, impulsionando pesquisas científicas na área. 

Como a doença X pode se manifestar?

Por agregar diversos possíveis patógenos que podem causar uma epidemia internacional, não se sabe exatamente como a doença X pode começar. Assim, essa ameaça constante impulsiona o conhecimento sobre a área. 

Ela pode ser similar à gripe espanhola, uma das gripes mais mortais da história, que infectou meio bilhão de pessoas e matou mais de 20 milhões. Por outro lado, também pode ser uma doença não descoberta transmitida aos humanos por animais, como HIV, que foi inicialmente transmitida por chimpanzés. 

Entretanto, uma das maiores preocupações sobre o surgimento da doença X é de que ela pode ser deliberadamente desenvolvida e difundida por seres humanos. De fato, nos tempos modernos, 16 países, incluindo os Estados Unidos, tiveram ou são suspeitos de ter programas de armas biológicas, de acordo com o The Economist.

Além disso, em 2014, um computador capturado continha instruções sobre como usar uma praga, derivada de patógenos de doenças em animais, como uma arma biológica. 

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Quais são as medidas preventivas contra a doença X? 

Como uma ameaça desconhecida, a doença X não possui uma medida preventiva de ataque. Ela consta, somente, com possíveis organizações governamentais e a discussão sobre uma possível nova pandemia. 

A discussão sobre a doença X é de extrema importância. Uma coalizão independente de estadistas e líderes de saúde, por exemplo, segue pedindo atenção mundial sobre o problema. 

“Depois que um surto é detectado, geralmente há algumas horas críticas para relatar, avaliar e agir para impedir a propagação de uma doença antes que ela se torne virtualmente imparável”, disse o painel em um comunicado.

Porém, pouco é feito para que medidas de prevenção sejam realmente feitas. 

“Desde dezembro de 2019, quando as informações sobre o novo coronavírus foram suprimidas, até vários países adotando uma abordagem de ‘esperar para ver’ quando os casos de COVID-19 foram relatados pela primeira vez … vimos as consequências prejudiciais da inação no início”, disse o comunicado. 


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