A dor crônica é um tipo de dor persistente, mais especificamente, que se prolonga por mais de três ou seis meses e que pode durar meses ou até anos. A condição pode ser contínua ou acontecer em longos períodos, podendo ser tratada com ajuda de profissionais da saúde. Esse tipo de dor é capaz de impactar negativamente o dia-a-dia e a saúde mental de indivíduos que sofrem com ela.
Ao nos machucarmos, sensores mandam sinais elétricos de nervo em nervo até alcançarem o cérebro, que então é responsável pela resposta à dor. Tipicamente, esses sinais e respostas são interrompidos uma vez que a lesão é curada. Porém, diferentemente da dor aguda, durante a dor crônica o organismo continua mandando sinais para o cérebro mesmo após a cura de uma lesão.
A dor aguda, por exemplo, pode ser uma resposta à inflamação, cirurgias recentes, dano tecidual, doenças e machucados, podendo durar duas semanas ou até que a condição seja tratada.
Relativamente comum, a dor crônica afeta cerca de 1,5 bilhão de pessoas no mundo todo, de acordo com a Academia Americana de Medicina da Dor.
Em muitos casos, a dor crônica não possui causas específicas, podendo ser uma resposta psicogênica ou psicossomática — causadas por fatores psicológicos como o estresse ou a ansiedade. Contudo, ela também pode se manifestar após outras condições de saúde, como:
Assim como a dor crônica pode ser resultado de problemas da saúde mental, a saúde mental também pode ser afetada pela dor. Quando não tratada, a dor crônica pode oferecer diversos prejuízos, incluindo insônia, fadiga, ansiedade, depressão e mudanças de humor. De acordo com o WebMD, quando nos machucamos, somos mais propensos a desenvolver quadros de depressão e por isso, é comum que no tratamento da dor crônica profissionais da saúde prescrevam antidepressivos.
Uma pesquisa publicada na Discover Magazine também comprovou que a dor crônica pode afetar como pensamos. O estudo sugere que a dor pode ajudar a mascarar outros sinais do corpo, além de alterar as regiões cerebrais para torná-las menos sensíveis às sensações internas.
O diagnóstico da dor crônica é feito com a ajuda de profissionais de saúde, que perguntam sobre o tipo de dor e quanto tempo ela dura e seus possíveis intervalos de tempo. Após o diagnóstico, o melhor tratamento é indicado.
Por ter diversas causas, cada tratamento é diferente para cada paciente dependendo de seus sintomas e outras condições médicas. O objetivo do tratamento da dor crônica é diminuir a dor e efetivar a mobilidade do paciente para que ele consiga viver uma vida normal.
Portanto, vários medicamentos de dor podem ser prescritos, incluindo os mais convencionais, opióides e analgésicos. Dependendo da causa da dor, cirurgia, acupuntura, estimulação cerebral profunda ou outros tratamentos podem ser recomendados.
Especialistas também podem sugerir a adequação do estilo de vida em muitos casos de dor crônica. Entre as práticas indicadas estão a yoga, meditação, tai chi, fisioterapia e massagens.
Um estudo publicado no Journal of the American Osteopathic Association, por exemplo, descobriu que a meditação consciente e a yoga melhoram significativamente as percepções dos pacientes sobre dor e a depressão, problemas que, segundo especialistas, geralmente andam de mãos dadas.
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos.
Saiba mais