Doze aditivos alimentares para se evitar

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A Enviromental Working Group (EWG – Grupo de Trabalho Ambientalista, em tradução livre) é uma organização americana que todo ano faz uma lista dos produtos com mais pesticidas no país. Eles também lançaram “O Guia dos Aditivos Alimentares”; com os mais de dez mil aditivos alimentares que podem ser usados em alimentos processados durante sua formulação, fabricação, estocagem ou embalagem. A organização orienta os consumidores para que fiquem alerta com os doze aditivos a seguir:

1. Nitritos e nitratos

Frequentemente encontrados no processo de conservação de carnes, como salsicha, presunto, e até mesmo peixes, eles trabalham como colorantes, conservantes e conferem sabor. Cientistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) acreditam que são possíveis carcinogênicos humanos, ou seja, nitritos e nitratos estão diretamente ligados ao câncer (veja mais em “Carne processada: o que é, quais são seus riscos à saúde e impactos ambientais?“).

2. Bromato de potássio

É usado na farinha de pães e biscoitos industrializados para garantir o crescimento da massa enquanto é assada. Já foi proibido no Reino Unido, União Europeia e Canadá pelo seu possível teor cancerígeno.

3. Propilparabeno

Nos Estados Unidos, ele é classificado como “Reconhecido Geralmente como Seguro” (em inglês, GRAS). O problema é que aditivos dessa natureza não são obrigados a passarem por revisão e aprovação pré-mercado. O propilparabeno costuma ser usado como conservante em mini-pizzas, tortillas, muffins e colorantes de alimentos. Foi relacionado à diminuição da contagem de espermatozoides nos homens, ao crescimento acelerado das células de câncer de mama, e dificuldades para completar a gravidez.

4. Hidroxianisol butilado (BHA)

Está nas batatas chips, salames, linguiças e outras carnes desidratadas, também considerado “Geralmente Seguro”, mas muitas organizações científicas enxergam nele um possível carcinogênico, podendo ser inclusive um desestabilizador de glândulas. Prova disso é que pesquisas apontam que algumas espécies de sapos estão migrando de sexo por causa desse componente.

5. Hidroxitolueno butilado (BHT)

Primo do anterior. Pode causar câncer em animais, alterar os hormônios e afetar a coordenação e habilidades motoras.

6. Propil galato

Um conservante em produtos calóricos, como linguiça e gordura de porco. Associado a tumores em ratos, a Autoridade em Segurança Alimentar Europeia acredita que os estudos sobre esse aditivo são ultrapassados, e que sua classificação em uso precisa ser questionada.

7. Teobromina

O órgão responsável pela administração de alimentos e remédios estadunidenses, o FDA, “classificou” muitos aditivos dessa lista como seguros. A teobormina, por exemplo, é um alcaloide encontrado no chocolate e que tem um efeito como o da cafeína. Porém, nos Estados Unidos, às vezes uma junta de especialistas no assunto libera a comercialização apesar das opiniões do FDA. O componente se classifica então como “independente da supervisão do FDA”.

8. Ingredientes “secretos”

Quando você encontra os termos “temperado naturalmente” ou “temperado artificialmente” na embalagem de um produto, é difícil adivinhar com o que foram temperados. O EWG é a favor de que as companhias alimentícias sejam obrigadas a mostrar todos os ingredientes usados em vez de colocarem termos vagos como esses.

9. Corantes artificiais

Algumas pessoas, particularmente as crianças, podem ser sensíveis a corantes alimentares, o que pode afetar o comportamento, causando inclusive hiperatividade.

10. Diacetil

Aditivo comumente associado à pipoca de micro-ondas, embora possa ser encontrado também no iogurte e na manteiga. Está ligado a uma doença respiratória chamada bronquiolite obliterante, uma inflamação das estruturas mais finas das vias aéreas. Os mais vulneráveis a ela são os trabalhadores das plantações de milho de pipoca (veja mais a respeito do diacetil aqui).

11. Fosfatos

Entre os aditivos mais comuns, fosfatos ajudam na fermentação de produtos, na redução da acidez e melhoram a retenção da umidade e a maciez de carnes processadas. São relacionados a problemas cardiovasculares e são especialmente perigosos para quem tem problemas nos rins (saiba mais aqui).

12. Derivados de alumínio

São estabilizantes, e um dos mais importantes dessa lista, pois o acúmulo de alumínio no corpo está ligado a efeitos neurológicos, como mudanças de comportamento, de aprendizado, de resposta motora e, possivelmente, surgimento de Alzheimer.

Essa lista pode ter te dado uma leve vontade de se transformar em um daqueles monges que jejuam o dia inteiro, mas calma, você ainda pode comer, o importante é que sejam alimentos não processados e integrais, orgânicos. A chance de algum dos compostos da lista estar em comidas assim é mínima.

No site do EWG você pode encontrar um acervo de 80 mil alimentos que recebem uma nota de um a dez de acordo com seu valor nutritivo, preocupação com ingredientes de qualidade e processamento. Lá você também encontra para download o aplicativo para iPhone dessa lista – ótimo para quando for no mercado, não? O problema, claro, é que tudo está em inglês (mas os tradutores online estão bombando também, né?).

Equipe eCycle

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