As drogas psicodélicas, também chamadas de drogas alucinógenas ou simplesmente alucinógenos, são um grupo de substâncias capazes de alterar percepções sensoriais, pensamentos e níveis de consciência. Elas funcionam através de seus efeitos no sistema nervoso central, alterando-o temporariamente e afetando neurotransmissores, como a serotonina.
Essa mudança de percepção e comportamento em pessoas que utilizam drogas psicodélicas pode se manifestar de diferentes maneiras, sendo nas emoções ou nos próprios sentidos de um indivíduo. Como sugere seu nome, os alucinógenos também podem criar alucinações visuais ou sonoras, distorcendo a realidade do usuário.
Na maioria dos casos, as drogas psicodélicas possuem uso recreacional, embora ilegais. Elas podem ser tanto fumadas quanto inaladas, consumidas ou transformadas em chá.
O seu uso possui uma longa história, voltando séculos atrás onde as substâncias eram principalmente utilizadas dentro de cerimônias religiosas para que indivíduos passassem por estados espirituais ou elevados de consciência. Atualmente, algumas substâncias também são utilizadas com o mesmo propósito, como a DMT.
Durante a década de 60, entretanto, a comunidade médica passou a mostrar interesse pelos usos de substâncias psicodélicas dentro da psicologia. Desde então, diversas pesquisas já exploraram-nas como tratamentos para condições como ansiedade, depressão e transtorno do estresse pós-traumático.
No entanto, o uso de drogas psicodélicas em tratamentos psicológicos e psiquiátricos não é tão abordado ou permitido em muitos países.
Existem diversos tipos de drogas psicodélicas. As mais abordadas são:
O efeito psicodélico é definido com o estado de um indivíduo sobre o efeito de drogas psicodélicas. Ele pode variar de acordo com diversos fatores, como a quantidade consumida, qual substância foi usada, ambiente onde a droga foi ingerida e o possível uso de outras substâncias juntas.
Os efeitos das drogas psicodélicas podem incluir:
Embora o uso de psicodélicos não esteja altamente associado ao desenvolvimento de dependência, qualquer forma de droga pode resultar no vício. O vício é caracterizado pela incapacidade de suprimir o desejo e necessidade das drogas, resultando no seu consumo excessivo, podendo resultar em uma maior tolerância à substância e afetando a saúde e bem-estar do usuário.
Um dos efeitos mais perigosos das drogas psicodélicas, seja pelo seu uso contínuo ou não, é o desenvolvimento do transtorno perceptivo persistente por alucinógenos (HPPD, na sigla em inglês). O transtorno é caracterizado por um efeito prolongado ou, muitas vezes, constante da droga utilizada.
Diversos especialistas acreditam que as drogas psicodélicas podem ser utilizadas no tratamento de transtornos mentais. De fato, algumas pesquisas já comprovaram o poder dessas substâncias na alteração de células cerebrais. Desse modo, acredita-se que alguns psicodélicos podem oferecer uma nova maneira de tratar distúrbios que vão desde a depressão até a dor crônica.
Um estudo em ratos de laboratório sobre a psilocibina, por exemplo, comprovou que a substância pode alterar os dendritos — as estruturas que se estendem de uma célula nervosa e recebem informações de outras células.
“Quando damos aos ratos uma única dose de psilocibina, podemos ver essas novas conexões se formando em um dia”, disse Alex Kawan, um engenheiro biomédico da Cornell University.
De acordo com Kawan, essas conexões são essenciais para a plasticidade do cérebro, que possibilita com que o cérebro aprenda a se adaptar. Isso indica, também, porque uma única dose de algum tipo de droga psicodélica pode ter um impacto duradouro em distúrbios como ansiedade, depressão e transtorno do estresse pós-traumático.
Esses efeitos já foram comprovados em substâncias como a DMT, LSD e psilocibina. (2)
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