Roqueiros e pagodeiros: estilos diferentes, mesma pegada para ajudar o planeta
Pode ser que você já tenha escolhido comprar um produto reciclado ou uma verdura sem agrotóxicos, mesmo com o preço um pouco mais salgado. Mas quando o assunto é música, você privilegia artistas com consciência ambiental?
Não se sabe se é marketing ou se os caras realmente estão engajados na preservação do planeta. O fato é que os músicos do século XXI entraram de cabeça na “onda verde”.
Um exemplo é a banda inglesa de rock alternativo Radiohead, que chega a transportar seus equipamentos de navio para evitar a poluição do ar com combustíveis de avião. O grupo Coldplay, que esteve no Brasil no início do ano, financiou o plantio de 10 mil mudas de árvore, na Índia, em 2002 (apenas 4 mil delas sobreviveram).
Já o ex-surfista havaiano e músico Jack Johnson fundou uma ONG para apoiar a educação ambiental e inovou em seu novo disco, lançado mundialmente em junho. Durante o período de gravação de “To the Sea”, Johnson fez questão de que toda a eletricidade usada no estúdio fosse proveniente de energia solar. Desde a inspiração para compor as músicas até a finalização do álbum, o sol do Havaí foi fundamental.
A banda The Police, acusada de ter sido o grupo que mais gastou energia ao longo de sua turnê 2007/2008, resolveu se retratar. O modo que eles encontraram foi abrir os bolsos. Sting e companhia doaram U$1 milhão para que a prefeitura de Nova York plante árvores.
Brasil
Em solo tupiniquim, a tendência ainda engatinha, mas os pagodeiros do Jeito Moleque já abraçaram a causa. Os integrantes tomaram várias medidas importantes, como a realização de cinco shows neutros em carbono (árvores foram plantadas como modo de compensação), produziram os discos “Ser do Bem” e “Jeito Moleque na Amazônia” com encarte feito em papel reciclado, além de doarem mudas de árvores para prefeituras de grandes cidades.