Foto de Drew Rae: https://www.pexels.com/pt-br/foto/eclipse-digital-wallpaper-580679/
O eclipse solar ocorre quando a Lua se posiciona exatamente entre a Terra e o Sol, fazendo com que uma sombra se projete sobre a superfície terrestre. Assim como o eclipse lunar costuma acontecer apenas na Lua cheia, o solar é um evento comum da fase nova do satélite. Para entender melhor as fases da lua, confira: “Fases da Lua: quais são e por que ocorrem”.
No entanto, o eclipse solar não acontece toda vez que a lua nova aparece, até porque a órbita da lua é inclinada cinco graus em relação à órbita da Terra ao redor do Sol. Esse fator faz com que o alinhamento dessas órbitas só aconteça uma vez ou outra, em média duas vezes ao ano — podendo chegar em até cinco vezes.
O tempo foi essencial para que a humanidade pudesse experienciar os eclipses solares, afinal a Lua tem se distanciado da Terra gradualmente desde a sua formação, mais ou menos 4,5 bilhões de anos atrás. Devido a sua distância atual, o satélite está no lugar perfeito no céu para que ele pareça do tamanho exato do Sol, ao ponto de bloquear sua luz.
Ao total, existem quatro tipos de eclipses solares, que funcionam de maneira semelhante mas diferem devido à distância da Lua até a Terra e também devido ao lugar em que ele está sendo observado. Confira a seguir quais eclipses ocorrem:
Acontece uma vez a cada 18 meses em apenas uma parte do planeta. Nesse evento, a Lua cobre o Sol completamente, bloqueando totalmente a luz solar.
A partir dessa situação é criada uma sombra em formato de cone, a umbra, que faz com que o dia se transforme em noite. Ao redor dela surge a penumbra, uma sombra em formato de funil onde os raios solares ainda aparecem, só um pouco mais fracos.
O eclipse parcial é uma questão de percepção e posição terrestre. Quando apenas a penumbra do eclipse alcança a região que você está, acontece o eclipse solar parcial. Nesses casos, uma boa parte da luz solar ainda é visível a olho nu.
Quanto mais perto da área da umbra, menor será a incidência de Sol vista pelas pessoas. Conforme a pessoa se afasta do centro do eclipse, a penumbra ganha forma, e a Lua passa a ocupar apenas uma pequena parte do que é a visão do astro Rei.
Diferente do total ou parcial, o eclipse anular é bem raro. O céu não fica escuro como a noite, e sim em um tom parecido com o crepúsculo – já que o Sol ainda aparece. Durante esse evento, que costuma durar 12 minutos no máximo, a Lua se posiciona bem no centro do astro.
Porém, devido a alteração na distância do satélite para a Terra — que costuma alternar entre 356,40 e 406,70 quilômetros — a diferença de tamanho se torna um pouco maior, e ele não consegue cobrir toda a estrela. Por consequência, tudo que sobra no céu é um grande anel de fogo.
Esse tipo de eclipse solar acontece quando a linha do anel de fogo é tão fina que a umbra está quase tocando totalmente a Terra. Durante o processo, o eclipse anular vira um eclipse total, já que a Lua cobre toda parte visível do Sol, e mais para o fim deixa de cobrir. Esses eventos são bem raros, sendo apenas 5% da quantidade de eclipses.
Os eclipses solares acontecem pelo menos duas vezes no ano, quando a órbita lunar fica totalmente alinhada com a Terra e o Sol. Porém, existe um ciclo que explica exatamente como acontecem esses eventos a um longo prazo, chamado de Período de Saros.
O Período de Saros dura 18 anos, 11 dias, e oito horas, e durante esse tempo acontecem 41 eclipses solares e 29 eclipses lunares. Nesse espaço de tempo é muito difícil que um eclipse se repita no mesmo lugar, já que esses são os anos necessários para que a órbita da Terra em torno do Sol, e da Lua em torno do planeta, se alinhem na mesma posição.
Uma das últimas vezes que o Brasil viu um eclipse solar foi em 1994, no sul do país, e no início de 2022, em algumas porções do sudoeste brasileiro. A previsão para que isso aconteça novamente em terras tropicais é em 2045. Isso só prova que apesar de todos os cálculos de frequência dos eclipses solares, eles são bem raros, já que demoram muito para acontecer de novo em um mesmo lugar.
A resposta é não, infelizmente olhar diretamente para o eclipse solar pode causar cegueira ou problemas de visão. Se você tiver o interesse de observar um evento como esse, o ideal é utilizar filtros solares especializados para essas ocasiões ou se juntar com outros observadores profissionais que contam com os aparelhos necessários.
Alguns especialistas da área chamam os óculos de eclipse de ISO 12312-2, o número da norma internacional que garante a proteção contra os danos causados pelos raios solares aos olhos. Além dele também é possível usar binóculos e telescópios com filtros, projetor pinhole e projeção ampliada.
Evite óculos de sol, chapéu, lenços, óculos de grau e sombrinhas, nenhuma dessas opções realmente protege seus globos oculares.
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