Ecologia Elétrica: o que é e importância

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O termo “eletricidade” refere-se às interações entre quaisquer objetos eletricamente carregados. Estas, podem ocorrer em materiais desenvolvidos pelo ser humano e na natureza, principalmente entre animais e plantas. Assim, o estudo das interações elétricas que ocorrem no meio ambiente é chamado de Ecologia Elétrica. 

Na maioria das vezes, o que observamos na natureza é a eletricidade estática, aquela que você experimenta quando esfrega uma bexiga no cabelo e ele se torna estaticamente carregado. A mesma coisa pode acontecer com plantas e animais. 

Conforme os animais correm, rastejam ou voam, seus corpos esfregam-se em objetos do ambiente – ou mesmo o ar – e isso os carrega. A quantidade de carga que os animais podem acumular é surpreendentemente alta. Se for medida, ela pode chegar a centenas ou milhares de Volts. 

O que é Ecologia?

Ecologia é o estudo científico das interações que determinam a distribuição e abundância dos organismos, bem como a transformação e fluxo de energia e matéria.

A palavra deriva do grego oikos, que significa casa, e logos, estudo. Ela foi empregada pela primeira vez na obra “Generelle Morphologie der Organismen”, desenvolvida pelo biólogo alemão Ernst Haeckel em 1866.

Vale ressaltar que a ecologia é uma ciência. Por isso, o conceito guarda um significado diferente do conceito de ambientalismo, que é um movimento social, político e ético preocupado com a proteção do meio ambiente e com a utilização sábia de seus recursos.

O conceito de ecologia

A palavra ecologia foi utilizada pela primeira vez na obra “Generelle Morphologie der Organismen”, desenvolvida pelo biólogo alemão Ernst Haeckel em 1866. Nela, Haeckel definiu esse novo ramo da Biologia como “o estudo científico das interações entre organismos e seu ambiente”.

Em 1972, o ecólogo americano Charles Joseph Krebs incrementou a definição elaborada anteriormente pelo biólogo alemão. Para ele, a palavra era entendida como “o estudo científico das interações que determinam a distribuição e abundância dos organismos”. Apesar de mais sucinta, sua definição ainda não abordava fenômenos e processos ocorrendo em vários níveis de organização biológica.

Por isso, a nova descrição do conceito elaborada por Gene Likens em 1992, incorpora explicitamente a Ecologia Ecossistêmica. De acordo com ele, o termo pode ser definido como “o estudo científico das interações que determinam a distribuição e abundância dos organismos, bem como a transformação e fluxo de energia e matéria”.

A eletricidade estática beneficia os animais?

Imagem de Chua verdian em Unsplash

Diversos animais são beneficiados pela eletricidade estática. As cargas elétricas encontradas nos pés das lagartixas, por exemplo, ajudam-as a aderir às superfícies, para que possam correr pela parede com facilidade. 

Além disso, um estudo mostrou que o pólen salta da flor para o inseto ou pássaro polinizador sem qualquer contato entre os dois. As cargas estáticas de insetos e beija-flores são fortes o suficiente para puxar o pólen do ar.

Muitos animais também podem detectar eletricidade

Alguns animais possuem sistemas sensoriais para detectar a eletricidade que ocorre naturalmente no meio ambiente. Pesquisas recentes descobriram que muitas espécies de animais podem detectar eletricidade quando ela é relevante para sua ecologia natural, fenômeno chamado de eletrorrecepção aérea.

Abelhas podem detectar a eletricidade que existe ao redor das flores e usá-la para saber quais podem ter os melhores estoques de néctar. Da mesma forma, parte da “dança do balanço”, uma série de movimentos executados pelas abelhas para se comunicarem entre si, também é transmitida eletricamente pela detecção do corpo da abelha com a carga estética balançando. 

Ainda, aranhas-saltadoras podem detectar a intensidade das condições elétricas atmosféricas locais e utilizá-la para decidir quando saltar.

Efeitos da ação humana

De acordo com um estudo, as fontes de eletricidade desenvolvidas pelo ser humano podem afetar a detecção de sinais elétricos por animais polinizadores. No entanto, mais pesquisas precisam ser realizadas para comprovar essa informação.  

Stella Legnaioli

Jornalista, gestora ambiental, ecofeminista, vegana e livre de glúten. Aceito convites para morar em uma ecovila :)

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