O efeito estufa é um fenômeno natural importante para a existência da vida na Terra na forma em que a conhecemos. Sem ele, a temperatura média da Terra seria em torno de 18°C negativos. Para efeito de comparação, a temperatura média global próxima à superfície é de 14ºC. Se hoje estamos vivos, é devido ao efeito estufa, que mantém o planeta habitável.
No efeito estufa, a radiação solar que atinge a atmosfera interage com os gases ali presentes. Atmosfera é um conjunto de partículas microscópicas em movimento constante, também conhecida por uma camada de ar que envolve o planeta.
Nessa interação, os chamados gases de efeito estufa (GEE) absorvem os raios solares e passam a emitir de volta para a superfície terrestre radiação infravermelha, ou, melhor dizendo, calor. Somente parte desse calor (radiação infravermelha) consegue sair da atmosfera e voltar para o espaço – e é assim que a Terra consegue manter sua temperatura.
Alguns exemplos desses gases que interagem com a radiação solar são dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e a família dos CFCs (CFxCly). Saiba mais sobre eles na matéria:
Porém, é a alta concentração desses gases na atmosfera que perturba o equilíbrio do efeito estufa. No vídeo abaixo, produzido por uma parceria entre a Agência Espacial Brasileira e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, você pode entender melhor como se dá o processo:
A temperatura média global se mantém praticamente inalterada quando o balanço da quantidade de energia solar incidente e de energia refletida na forma de calor está equilibrado. Entretanto, esse equilíbrio pode ser desestabilizado de várias formas:
Os gases de efeito estufa são aqueles que interagem com a radiação solar e contribuem para o efeito estufa. O dióxido de carbono (CO2), o gás metano (CH4), o óxido nitroso (N2O), o ozônio (O3) estão entre os principais gases do efeito estufa. Entretanto, o Protocolo de Quioto inclui também o hexafluoreto de enxofre (SF6) e duas famílias de gases como importantes para o efeito estufa: os hidrofluorocarbonetos (HFC) e os perfluorocarbonetos (PFC).
Existe também o vapor d’água, que capta o calor irradiado pela Terra, distribuindo-o para todas as direções e aquecendo a superfície.
Análises mostraram que, nos últimos cinco séculos, a temperatura média global do ar e dos oceanos teve aumento crescente, caracterizando um processo de aquecimento global. Nos últimos 100 anos, a temperatura média global de superfície aumentou cerca de 0,74 ºC. Esse número pode não parecer de grande importância, entretanto, de acordo o 5º Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), as consequências do efeito estufa já estão ocorrendo, e de forma intensificada.
Eventos como a extinção de espécies animais e vegetais, alteração na frequência e intensidade de chuvas, elevação do nível do mar e intensificação de fenômenos meteorológicos como tempestades severas, inundações, vendavais, ondas de calor e secas prolongadas são os principais fenômenos deletérios apontados como consequência do aquecimento global.
Apesar de alguns cientistas e amadores possuírem argumentos que questionam a origem antropocêntrica do aquecimento global, no meio acadêmico é amplamente aceito que esse fenômeno se deve à intensificação do efeito estufa causada pelas atividades humanas.
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