El Niño e La Niña são eventos climáticos que se caracterizam pelo aquecimento ou resfriamento das águas do Oceano Pacífico
El Niño e La Niña são fenômenos climáticos que resultam das interações entre a atmosfera e o oceano. Ambos envolvem mudanças na temperatura da superfície do mar e na circulação atmosférica, gerando alterações significativas no clima global. Enquanto o El Niño é um um fenômeno oceânico. Ele consiste no aquecimento das águas do Oceano Pacífico Tropical, o La Niña é responsável pelo resfriamento dessas mesmas massas.
No território brasileiro, os efeitos desses fenômenos são percebidos apenas nos extremos norte e sul do país. A principal diferença entre os fenômenos é que: quando há um aumento nas chuvas e temperaturas mais amenas, é possível detectar o La Niña. Durante o El Niño, ocorre um enfraquecimento da precipitação e um aumento na temperatura, sendo possíveis de identificar na região do nordeste.
O que é El Niño?
O El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento acima da média das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. Isso em decorrência do enfraquecimento dos ventos alísios. Esse evento, que costuma ocorrer em intervalos de dois a sete anos, provoca diversas alterações climáticas globais. Além de inúmeros prejuízos socioeconômicos e ambientais às regiões afetadas.
Quando acontece fenômenos El Niño, os ventos sopram com menos força ou mesmo invertem a direção em todo o centro do Oceano Pacífico. Resultando na diminuição da ressurgência de águas profundas e na acumulação de água mais quente na costa oeste da América do Sul. Consequentemente, na diminuição da produtividade primária e das populações de peixe.
Consequências do El Niño no Brasil e no mundo
Os efeitos do fenômeno climático são notados tanto no Brasil quanto no resto do mundo. O El Niño provoca mudanças extremas nos padrões de chuva, o que afeta muito os ecossistemas e as atividades humanas.
Em algumas áreas, como a costa oeste da América do Sul, aumentam as ocorrências de chuvas intensas, levando a enchentes e inundações. Por outro lado, em lugares como a Austrália, o El Niño traz longos períodos de seca, o que reduz a quantidade de água disponível.
No Brasil, os efeitos do El Niño também são sentidos de forma intensa. No Sudeste e no Sul, ocorrem chuvas fortes, que muitas vezes causam alagamentos e deslizamentos de terra. Por outro lado, o Nordeste enfrenta secas persistentes, afetando especialmente a região semiárida. Essa área tem atividades como criação de gado e agricultura de baixo rendimento, e é muito sensível às mudanças no clima.
A agricultura de subsistência, tão vital para a sobrevivência de muitos, sofre consideravelmente quando as chuvas diminuem. Com a escassez de água, os cultivos enfrentam desafios significativos, gerando impactos socioeconômicos que afetam diretamente a qualidade de vida das comunidades locais. A dependência dessas atividades sensíveis ao clima amplifica a urgência de medidas de adaptação e estratégias para enfrentar as mudanças do El Niño e garantir a resiliência dessas regiões diante dos desafios climáticos.
O que é La Niña?
O La Niña é um fenômeno oceânico-atmosférico caracterizado pelo resfriamento anormal das águas oceânicas do Oceano Pacífico Equatorial, sendo um evento com particularidades opostas ao El Niño. Classificado como uma anomalia climática, esse fenômeno acontece, em média, em um intervalo de dois a sete anos. Ele provoca alterações significativas nos padrões de precipitação e temperatura ao redor da Terra.
O fenômeno La Niña ocorre a partir da intensificação dos ventos alísios, que sopram na faixa equatorial de leste para oeste. Com isso, uma quantidade maior que o normal de águas quentes se acumula no Oceano Pacífico Equatorial Oeste. Enquanto no Pacífico Leste, próximo ao Peru e Equador, verifica-se a presença de águas mais frias. Isso causa um aumento no desnível entre o Pacífico Ocidental e Oriental.
Consequências da La Niña no Brasil e no mundo
Assim como o El Niño, o fenômeno de La Niña também exerce influência sobre a circulação geral da atmosfera. Fator que ocasiona modificações nas condições climáticas de diversas partes do globo.
No Brasil, as consequências do La Niña são diferentes das provocadas pelo El Niño. Durante o La Niña, ocorrem precipitações mais intensas em diversas regiões do norte e leste da Amazônia. Essas chuvas podem estar relacionadas ao aumento do fluxo dos rios na região, potencialmente levando a enchentes.
No norte e no nordeste, também ocorre um aumento na quantidade de chuvas, o que é benéfico para locais com clima semiárido. Na região sul do país, observa-se a ocorrência de secas severas e aumento das temperaturas. Assim, prejudicando as atividades agrícolas que sustentam essa área. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, por sua vez, os efeitos são imprevisíveis, podendo desencadear secas, inundações e tempestades.