Eletrificação: o que é e desigualdade

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Eletrificação” é um termo utilizado para fazer referência à provisão de infraestrutura para o fornecimento de energia elétrica. Ela teve início no final do século XIX e, globalmente, ainda não está concluída. De maneira geral, a energia elétrica desempenha um papel essencial em todos os setores da vida. 

A energia elétrica é produzida em usinas que a transmitem por meio de cabos e torres para um sistema integrado. A distribuição é realizada por instituições públicas ou privadas que instalam aparelhos nas áreas residenciais e industriais para medir o consumo de energia e cobrar pelo serviço. 

O que é energia?

Não há uma definição exata para energia, mas na física trata-se um conceito extremamente importante e que representa a capacidade de realizar trabalho ou de desempenhar uma ação. A palavra também é utilizada em outras áreas científicas, como a biologia e a química.

A energia elétrica é a energia produzida a partir das cargas elétricas das partículas subatômicas. As cargas, ao se deslocarem, geram corrente elétrica, criando o que chamamos de eletricidade. A energia elétrica pode ser produzida a partir de fontes não renováveis ou renováveis de energia, que serão explicadas a seguir:

O que são fontes de energia?

As fontes de energia são recursos naturais ou artificiais utilizados pela sociedade para a produção de algum tipo de energia. Esta, por sua vez, é utilizada para propiciar o deslocamento de veículos, gerar calor ou produzir eletricidade para os mais diversos fins, como iluminação. As fontes de energia também estão relacionadas a questões ambientais, já que, dependendo das formas de utilização dos recursos energéticos, podem gerar graves impactos sobre a natureza.

As fontes de energia podem ser classificadas em renováveis e não renováveis, de acordo com a capacidade natural de reposição de recursos.

Fontes não renováveis de energia

As fontes de energia não renováveis são aquelas que dependem de processos em escala de tempo geológica para se tornarem disponíveis. Isso significa que, caso sejam esgotadas, demorarão muito tempo para se formarem novamente. Petróleo, carvão mineral e gás naturalcombustíveis fósseis – são os principais exemplos de fontes de energia não renováveis. Alguns recursos energéticos, como o petróleo, têm esgotamento estimado para algumas poucas décadas, o que eleva o caráter estratégico desses elementos.

Vale ressaltar que a queima de combustíveis fósseis gera altos índices de poluição na atmosfera. Muitos estudiosos apontam que eles são os principais responsáveis pela intensificação do efeito estufa e pelo agravamento dos problemas vinculados ao aquecimento global.

Fontes renováveis de energia

A busca pela diminuição dos impactos socioambientais causados pelas fontes de energia tradicionais e pela preservação dos recursos naturais deu início ao uso de fontes de energia alternativas e com baixo custo ambiental, chamadas energias renováveis. Além de serem praticamente inesgotáveis, as energias ecológicas podem apresentar impacto ambiental muito baixo, sem afetar o balanço térmico ou a composição atmosférica do planeta. Destacam-se como fontes renováveis de energia as hidrelétrica, maremotriz, geotérmica, solar e eólica.

O hidrogênio verde também pode ser considerado como uma fonte renovável de energia.

Hidrogênio verde

No sentido da sustentabilidade e da preservação do meio ambiente, “hidrogênio verde” é um termo utilizado para se referir ao hidrogênio obtido a partir de fontes renováveis, em um processo no qual não haja a emissão de carbono. Diferente dos combustíveis fósseis, o aproveitamento energético do hidrogênio raramente se dá por sua combustão, mas sim por meio de uma transformação eletroquímica, realizada em células conhecidas como células a combustível.

Nesses equipamentos, o oxigênio existente na atmosfera se combina com o hidrogênio, produzindo energia elétrica e água. Ou seja, o processo de geração de energia por meio de células a combustível em si não impacta o meio ambiente, razão pela qual pode-se classificá-lo como sendo um processo limpo.

Desigualdade no acesso à energia elétrica

Imagem de Sigmund no Unsplash

A energia elétrica é direito fundamental e vetor de desenvolvimento socioeconômico, colaborando para a diminuição da pobreza, do aumento da renda familiar, da qualidade de vida, da educação, do abastecimento de água e saneamento básico, bem como do acesso aos serviços de saúde. 

No entanto, pesquisas revelam que, no mundo, uma em cada cinco pessoas ainda não têm acesso à eletricidade moderna – um total de 1,3 bilhão. São 3 bilhões os que dependem de madeira, carvão, carvão vegetal ou dejetos animais para cozinhar e obter aquecimento, sendo que a energia é responsável por cerca de 60% das emissões globais totais de gases do efeito estufa. A energia renovável constitui atualmente apenas 15% do conjunto global de energia.

Por isso, assegurar o acesso à energia limpa corresponde ao 7° dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) criados pela Organização das Nações Unidas (ONU) para cumprir com os acordos feitos na Agenda 2030 e modificar o cenário mundial. Seu princípio consiste em “assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos”.

Algumas das metas do ODS 7 são “aumentar substancialmente a participação de energias renováveis na matriz energética global” e “dobrar a taxa global de melhoria da eficiência energética” até 2030.

Julia Azevedo

Sou graduanda em Gestão Ambiental pela Universidade de São Paulo e apaixonada por temas relacionados ao meio ambiente, sustentabilidade, energia, empreendedorismo e inovação.

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