Solução encontrada começa com a participação da população
Um assunto que pode e deve ser abordado pelas autoridades brasileiras é a questão de gestão de resíduos sólidos. Algo deve ser feito para que novas maneiras de gerir o material descartado sejam colocadas em prática,pois o cenário atual, que começa com a não separação do lixo por grande parte da população, o recolhimento do lixo pelo serviço público e culmina na destinação em aterros sanitários, se mostra ineficiente.
Na União Européia, por exemplo, os aterros sanitários são proibidos desde de que uma nova lei entrou em prática. Por conta disso, novas alternativas de gestão de resíduos sólidos foram pensadas e pesquisadas até que medidas fossem tomadas. Uma ótima solução foi aplicada na cidade de Borás com 64 mil pessoas, a cidade sueca optou por um sistema na qual a maior parte do lixo descartado pela população é reciclado, tratado biologicamente ou transformado em energia, que serve para abastecer muitas casas e prédios comerciais da cidade, além da frota de 59 ônibus do transporte público.
Os responsáveis pelo início de todo o processo são os próprios moradores, para que tudo funcione da maneira certa é necessário que eles tenham consciência e saibam da importância de um sistema de coleta seletiva diferenciado como este. Na cidade sueca todos os resíduos são separados em categorias diferentes, para em seguida serem descartados em coletores distribuídos em diferentes locais da cidade. Depois da coleta, o lixo vai para uma usina aonde será separado por um processo óptico e então ser levado a um centro de compostagem, incineração ou reciclagem.
Enquanto isso, no Brasil o caminho para uma mudança ainda é lento, o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos foi aprovado no fim de 2010 e segue o exemplo europeu. Como um dos objetivos, a intenção é de que em 5 anos todos os aterros sanitários do país sejam fechados. Outra importante medida foi tornar qualquer gestão de resíduos sólidos, feita de maneira imprópria, crime ambiental.