Aumento da demanda não acompanhou eficiência da reciclagem
Imagem: Wikimedia Commons / CC0 Public Domain
Em Hamburgo, na segunda maior cidade da Alemanha, prédios e repartições públicas não poderão mais comprar cápsulas de café, aquelas que são introduzidas em máquinas específicas para produzir a bebida de um jeito bem prático. A proibição se deu para reduzir a quantidade de resíduos lançados ao meio ambiente.
Mas não foram apenas as cápsulas de café que foram banidas de órgãos públicos. No Guia para Contratos Ecologicamente Responsáveis, um documento de 150 páginas, produtos de limpeza à base de cloro, talheres de plástico e garrafas plásticas de água também figuram na lista dos itens que nãos serão mais adquiridos.
Segundo o documento, as cápsulas de café causam gastos desnecessários e geram resíduos que, em geral, contêm alumínio e poluentes. Na Alemanha, a cada oito cafés vendidos, um deles é feito a partir das cápsulas individuais.
Em entrevista à BBC, o porta-voz do Departamento de Meio Ambiente e Energia de Hamburgo, Jan Dube, disse que essas cápsulas costumam ser feitas de uma mistura de alumínio e plástico, o que torna o processo de reciclagem mais difícil. Por isso, decidiu-se que o dinheiro do contribuinte não deveria ser usado para adquirir tais itens.
Além da complexa mistura de alumínio e plástico, as embalagens contêm resíduos de borra de café moída, o que dificulta ainda mais a reciclagem.
Segundo o site da Folha de S. Paulo, o mercado de café em cápsula no Brasil saltou de R$ 19 milhões, em 2005, para R$ 1,4 bilhão, em 2015. De acordo com a consultoria Euromonitor, mais de 7 mil toneladas do café de embalagem individual foram vendidas em 2015 no país.
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