Em longo prazo, líderes do G7 se comprometem a “descarbonizar” economia

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Reunião ocorrida na Alemanha foi selada com documento oficial

Os líderes do G7 divulgaram, no dia 8 de junho, um comunicado no qual se comprometem a afastar suas economias dos combustíveis fósseis, que contribuem para as emissões de gases do efeito estufa, principalmente o dióxido de carbono (CO2).

Ao final da cúpula de dois dias realizada em um hotel luxuoso da Baviera, na Alemanha, eles também prometeram cumprir uma meta global para limitar o aumento das temperaturas médias globais em dois graus Celsius, em comparação aos níveis pré-industriais – limite considerado minimamente seguro por boa parte dos estudos científicos.

“Comprometemo-nos a fazer nossa parte em atingir uma economia global de baixo carbono em longo prazo, incluindo o desenvolvimento e uso de tecnologias inovadoras e vamos nos empenhar em uma reestruturação do setor energético até 2050”, afirma o comunicado emitido pelos governantes.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, pediu expressamente aos líderes do G7 para se comprometerem com objetivos mais duros para cortar os gases causadores do efeito estufa.

Merkel tinha o objetivo de revalidar suas ‘credenciais verdes’ ao conseguir que as nações industriais do G7 aceitassem as metas de redução de emissões, antes da 21ª Conferência da ONU Sobre o Clima (COP21), que será realizada no final deste ano em Paris.

Em um impulso para a tentativa de Merkel de combater o aquecimento global, o Japão informou no domingo (7) que vai apoiar que os países do G7 apresentem suas próprias metas para a redução da emissão de dióxido de carbono.

O presidente francês, François Hollande, cujo país receberá a COP21, também buscou um comprometimento ambicioso do G7 para o fim da dependência de combustíveis fósseis.

Entre os principais pontos anunciados no comunicado, os líderes das maiores economias mundiais concordam que a economia deve ser descarbonizada ao longo do século e que, até 2050, deve-se conseguir uma redução de emissões de gases de efeito estufa de 40% a 70%. A transformação dos setores energéticos é tida por esses países como um dos principais meios para este fim.

Fonte: EcoD
Imagem: European External Action Service

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