Imagem de Earl Wilcox no Unsplash
O National Health System (NHS), sistema de saúde da Inglaterra, está negociando com fabricantes de roupas íntimas e de papel higiênico a inclusão de advertências sobre o risco de desenvolvimento de câncer cervical, intestinal e outros nas embalagens desses produtos.
O projeto faz parte do objetivo de melhorar as taxas de diagnóstico precoce.
Cerca de 167.000 pessoas no Reino Unido morrem de câncer a cada ano, com os quatro tipos de câncer mais comuns sendo próstata, mama, intestino e pulmão, representando cerca de 50% de todos os diagnósticos.
O professor Sir Mike Richards, ex-diretor de câncer do Departamento de Saúde e agora presidente do comitê nacional de triagem do Reino Unido, disse ao Daily Mail: “oferecemos um serviço de diagnóstico tardio neste país e isso precisa ser resolvido com urgência”.
Um porta-voz do NHS disse: ‘O NHS está sempre procurando trabalhar com parceiros externos para aumentar a conscientização e ajudar a salvar vidas em relação às principais condições de saúde.
“Graças ao trabalho árduo da equipe do NHS e ao impacto das campanhas de conscientização pública, mais pacientes do que nunca estão sendo examinados e iniciando o tratamento para o câncer. No ano passado, mais de 2,8 milhões de pessoas receberam testes urgentes de câncer, com mais de 328.000 iniciando o tratamento e uma proporção maior do que nunca sendo diagnosticada em estágio inicial. Outros varejistas também estão participando de esforços para alertar o público sobre os sintomas do câncer.
A Marks & Spencer prometeu introduzir orientação sobre os sinais de câncer de mama em mais de 2.000 de seus provadores e também concordou em colocar sintomas de câncer de intestino em sua própria embalagem de papel higiênico – um movimento inspirado pela ativista de câncer de intestino Dame Deborah James, que morreu em junho do ano passado.
A Andrex também oferecerá advertências sobre câncer em suas embalagens de papel higiênico.
Andrex disse que ‘informações vitais sobre o câncer de intestino’ serão adicionadas a 29 milhões de rolos de papel higiênico como parte de uma parceria com a instituição de caridade Bowel Cancer UK.
Em muitas culturas no mundo não faz sentido usar papel para limpar fezes. Do ponto de vista da saúde, essas culturas estão corretas. Utilizar água para higienização no lugar do papel higiênico, além de mais saudável, é mais viável para o ambiente.
De acordo com Bill Worrel, gerente da Autoridade de Gerenciamento de Resíduos Integrados do Condado de San Luis Obispo, na Califórnia, nos EUA, se o papel higiênico fosse substituído pela água na higienização, o consumo de produtos de papel poderia ser reduzido de 50% a 90%.
De acordo com Worrel, é um dado significativo, pois se essa medida fosse adotada somente nos EUA, por exemplo, haveria redução de desmatamento de 54 milhões de árvores por ano. A economia também seria de água, pois para produzir cada rolo são utilizados em média 140 litros de água. E o americano médio usa 57 folhas de papel higiênico por dia – cerca de 3,7 litros de água por dia, apenas para o processo de fabricação. Isso se compara a cerca 0,01 litro de água se fossem utilizadas apenas duchas na hora da higienização, um ganho significativo.
Em relação às vantagens à saúde, Rose George, autora de The Big Necessity: The Unmentionableas, afirma que houve diminuição na ocorrência de doenças de origem fecal, como doenças infecciosas e hemorroidas, principalmente em países em desenvolvimento em que a cultura de higienização é úmida, ou seja, que utiliza água na higienização. De acordo com Rose, é ilógico utilizar algo seco para limpar a parte mais suja do nosso corpo quando utilizamos água e sabão para limpar todo o resto.
Dessa forma, a melhor forma de substituir o papel higiênico é utilizando água para a higiene íntima.
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