Embalagem para viagem é um item importante em diversas ocasiões do dia a dia. Seja para garantir a qualidade e a segurança dos alimentos ou mesmo para carregar pequenas porções de produtos de higiene e cosméticos na mala essas embalagens, das mais variadas formas e tamanhos, são super úteis.
Por outro lado, muitas delas são descartadas após uma única utilização, gerando resíduos que normalmente não são reciclados, indo parar, inclusive, nos oceanos. Uma solução para essa questão é buscar por alternativas eco-friendly. Além, é claro, de rever os hábitos de consumo e descarte, priorizando a reciclagem.
Não é apenas o descarte inadequado de embalagens e outros produtos que traz impactos ambientais negativos. A produção desses bens costuma atingir o meio ambiente em diversas fases do seu ciclo de vida. Nesse sentido, desenvolver a consciência ambiental, adquirir hábitos de consumo consciente e optar por uma embalagem de viagem, além de outros itens ecologicamente adequados, são formas de diminuir seus efeitos prejudiciais.
De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), em 2022 quase 82 milhões de toneladas de resíduos sólidos foram gerados no Brasil. Segundo a Comissão de Meio Ambiente (CMA), instituída em 2023, a coleta domiciliar de resíduos deixa cerca de 10,1% da população de fora e apenas 32% dos municípios trabalham com algum tipo de coleta seletiva.
São muitos problemas envolvidos: parte do resíduo gerado não é recolhido e acaba despejado em qualquer lugar, sem nenhum tratamento. O que é recolhido tem como destino aterros sanitários. Pouco é destinado à reciclagem e nem tudo é reciclado.
Os impactos do descarte incorreto de resíduos sólidos urbanos incluem degradação do solo, contaminação da água, proliferação de vetores de doenças que afetam a saúde pública, emissão de gases de efeito estufa, formação de ilhas de lixo, poluição dos oceanos, entre outros.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) reforça que os resíduos sólidos contribuem também para o aumento da temperatura no planeta. A relação entre produção e consumo excessivos e o descarte inadequado aumenta a emissão de gases de efeito estufa, um dos principais fatores do aquecimento global. Sendo assim, uma boa gestão de resíduos sólidos é o caminho para um desenvolvimento sustentável, conforme explica a PNUD.
No entanto, a gestão de resíduos sólidos, apesar de ser fundamental, não daria conta do problema. Pelo menos, não com os altos níveis de consumo mundial.
Uma pesquisa, realizada por cientistas da Austrália, Chile, Estados Unidos e Suécia, sugere que pode haver até 578 mil toneladas de plástico na superfície oceânica ao redor do mundo. No mar, os resíduos plásticos se fragmentam com o tempo e grande parte desaparece de vista, mas permanecem na costa ou no fundo do mar, em forma de microplásticos. Além disso, eles são ingeridos por peixes, aves e outras espécies de animais, além de formarem rochas plásticas, os plastistones.
Entretanto, a produção e consumo de plástico cresce exponencialmente, principalmente no mercado de embalagens. Ao mesmo tempo, a reciclagem de todo esse material atinge níveis baixos, mesmo em países com maior desenvolvimento e uma melhor infraestrutura no gerenciamento de resíduos, o que, em tese, deveria colaborar para a prática da sustentabilidade.
No relatório Who Pays For Plastic Pollution?, publicado em 2023 pela World Wide Fund (WWF), essas questões são trazidas à luz. Apesar do plástico ser um material perfeitamente reciclável, sua reciclagem atinge baixos níveis e isso ocorre porque à medida que a indústria de combustíveis fósseis aumenta os investimentos na produção, o custo do plástico primário se torna mais atrativo, em relação ao valor do plástico reciclado.
Outro estudo, realizado por pesquisadores do Institute for Sustainable Futures, na Austrália, avaliou o mercado global de reciclagem do plástico. De acordo com a pesquisa, apesar de todos os tipos de plástico serem recicláveis, apenas dois deles representam quase 90% de todo o plástico reciclado no planeta. São eles: o famoso PET (tereftalato de polietileno), aplicado em garrafas de bebidas e embalagens de alimentos, e o PEAD (polietileno de alta densidade), usado em embalagens de xampu, por exemplo.
Isso ocorre pela junção de dois fatores: o comércio internacional de resíduos plásticos e os plásticos de baixo valor agregado, o Low Value Plastic (LVP). Ou seja, a reciclagem de outros tantos tipos de resíduos plásticos não é tão interessante, do ponto de vista comercial. Acaba saindo mais barato produzir um novo.
De acordo com a European Environment Agency (EEA) a produção global de plástico aumentou em 380 milhões de toneladas desde a década de 1950. A previsão é que esse valor chegue a 1.52 bilhões de toneladas até 2050.
Por isso, é indispensável adquirir práticas sustentáveis de consumo. Uma boa forma de começar é substituindo o plástico do dia a dia, com atitudes simples. Quando pedir delivery de comida, por exemplo, busque por restaurantes que fornecem embalagem para viagem eco-friendly. Para embalar as compras, leve sacolas de pano e evite sacolas plásticas. As embalagens sustentáveis causam menor impacto ambiental, por serem produzidas com materiais ecológicos ou reciclados.
Substituir o plástico na rotina é mais simples do que parece. Confira mais algumas dicas a seguir.
Para usar o shit tube é recomendado que você tenha pedaços de jornal, cal virgem em pó e saquinhos biodegradáveis (daquele tipo que vende em petshop). Quando a natureza chamar, é só estender o jornal no chão, cobrir com um pouco de cal (cuidado para não deixar cair solo), fazer o número 2, cobrir com mais um pouco de cal, enrolar o jornal e colocar dentro do saquinho. Depois de amarrar o saquinho é só depositá-lo dentro do shit tube. O cal é fundamental para neutralizar o odor, deixar as fezes secas e evitar o desenvolvimento de possíveis parasitas. Não esqueça de levar álcool gel, para desinfetar as mãos.
Aplicando essas dicas, você respeita a natureza e contribui para a preservação do meio ambiente.
Lembre-se também que realizar o descarte adequado do que é consumido é tão importante quanto conhecer a origem e modo como os produtos são feitos. Repensar os hábitos e fazer pequenas substituições no dia a dia contribui para um planeta mais sustentável.
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