Embalagens sustentáveis são uma forma de reduzir os danos causados pelo descarte de resíduos. Para uma embalagem ser considerada sustentável, ela deve preencher três requisitos:
Esses impactos podem ser medidos por meio da Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) de produtos.
Esse é o caso, por exemplo, das embalagens biodegradáveis de fibra de coco, papel reciclado, entre outras. Esses tipos de embalagem são alternativas ao plástico convencional.
Mas o mercado também lançou embalagens de plástico oxibiodegradável, que disputam a categoria de “embalagens sustentáveis“. Veja a seguir exemplos, tipos, vantagens e desvantagens de cada uma delas.
Por essa você não estava esperando? Pois saiba que as embalagens de vidro são consideradas sustentáveis! Apesar de utilizarem areia em sua produção, elas podem ser facilmente reutilizadas (até mesmo em casa). Por isso não liberam substâncias tóxicas e podem ser recicladas diversas vezes (quando descartadas corretamente).
A vantagem do vidro em relação às embalagens biodegradáveis é que a sua produção não compete espaço com a produção de alimentos.
Apesar de dependerem da atividade mineradora, as embalagens de alumínio podem ser consideradas sustentáveis, pois são infinitamente recicláveis!
Além disso, o alumínio não é tóxico para o organismo, mas é preciso tomar cuidado com o bisfenol. Ele é um tipo de plástico que reveste latas de alimentos e age como um disruptor endócrino.
As embalagens de cogumelo são feitas a partir de raízes de cogumelos crescidas em folhas mortas, húmus e uma variedade de substâncias, que levam produção a materiais de diferentes texturas, flexibilidade e durabilidade. Além de biodegradável, o material é comestível (mas não é aconselhável ingeri-lo) e não tóxico.
As desvantagens da embalagem biodegradável de cogumelos são seu elevado custo e o fato de ser potencialmente competitiva com recursos que poderiam ser utilizados para produzir alimentos.
As embalagens de papel reciclado também são embalagens sustentáveis. Consideradas as embalagens mais sustentáveis, elas são desenvolvidas principalmente para exercer a função de proteção de utensílios que precisam ser carregados.
Os principais benefícios das embalagens de papel reciclado são a potencialização do tempo de vida do produto e a maximização do valor extraído das matérias-primas.
Outra vantagem é a energia economizada. Porém, a cada nova reciclagem, o papel perde a qualidade e possibilidade de ser reciclado.
O uso de caixas de papelão e papel reciclado para o envio de pacotes por correio pode ser consideravelmente bom. Contudo, a parte de dentro também pode conter elementos de materiais que não são biodegradáveis. Desse modo, utilizar jornais velhos ou papel reciclado picado pode ajudar a reduzir os impactos ambientais do pacote.
As embalagens de fécula de mandioca também fazem parte da categoria de embalagens sustentáveis. Elas são compostáveis, biocompatíveis e recicláveis. No entanto, o custo é maior que o dobro do que se paga pelo isopor, por exemplo.
Além disso, elas só podem ser utilizadas para alimentos secos ou de consumo imediato. Do contrário, em contato com umidade por muito tempo, se desmancham.
Uma jovem curitibana criou embalagens biodegradáveis para substituir o isopor. Sayuri Magnabosco, de apenas 16 anos, utilizou bagaço de cana-de-açúcar para fazer um material que se decompõe em apenas um mês.
Seus custos e potencialidade de ser implementada em larga escala, no entanto, não foram contabilizados.
O plástico PLA (poliácido láctico) é um plástico biodegradável que pode ser utilizado como embalagem alimentícia, cosmética, na produção de sacolas, garrafas, canaletas, vidros, tampas, talheres, entre outros. Em seu processo de produção, as bactérias produzem o ácido lático por meio da fermentação de vegetais ricos em amido, como a beterraba, o milho e a mandioca.
Além de biodegradáveis, as embalagens feitas de plástico PLA são recicláveis mecânica e quimicamente, biocompatíveis e bioabsorvíveis. Elas são obtidas de fontes renováveis (vegetais) e, quando descartadas corretamente, transformam-se em substâncias inofensivas e facilmente degradadas pela água.
A desvantagem do plástico PLA é que, para ocorrer a degradação adequada, é preciso que seu descarte seja feito em usinas de compostagem, onde há condições adequadas de luz, umidade, temperatura e quantidade correta de microrganismos. Infelizmente, a maior parte do resíduo brasileiro acaba indo parar em aterros e lixões, onde não há garantia de que o material sofra uma biodegradação completa.
Esse tipo de embalagem é um plástico feito por meio da biossíntese de carboidratos da cana-de-açúcar, do milho ou de óleos vegetais de soja e palma.
Assim como as embalagens biodegradáveis de PLA, as embalagens feitas a partir do milho e da biossíntese pelas bactérias são biocompatíveis (não promovem reações tóxicas e imunológicas) e biodegradáveis.
Entretanto, esse tipo de plástico não pode ser utilizado em embalagens de prateleira. Já que podem contaminar alimentos, a não ser que seja para servir a comida na hora.
Outra desvantagem desse tipo de embalagem é que ela é, em média, 40% mais cara do que as embalagens convencionais. Para saber mais sobre esse tema dê uma olhada na matéria:
As embalagens sustentáveis de fibra de coco foram desenvolvidas principalmente para embalar alimentos. Diferente de alguns tipos de plástico, elas não são nocivas ao organismo humano.
São embalagens sustentáveis, porque não demandam muita tecnologia para serem desenvolvidas. Elas são feitas a partir de matéria-prima nacional, podem voltar para a fábrica para serem recicladas e biodegradadas.
PET (tereftalato de polietileno) e outros poliésteres estão sendo amplamente utilizados em embalagens de alimentos, garrafas plásticas e têxteis.
A produção anual de produtos PET é estimada em 30 milhões de toneladas. Substituir o PET de base fóssil por polímeros de PEF (furanoato de polietileno) à base de plantas pode reduzir a pegada de carbono.
Além disso, as propriedades de barreira dos plásticos PEF são melhores do que os PET. Esse fator significa que os produtos alimentícios têm uma vida útil mais longa.
PEF é um plástico de alto desempenho totalmente reciclável e renovável. Portanto, abre possibilidades para as indústrias reduzirem o desperdício e ter um impacto positivo no meio ambiente.
As embalagens oxibiodegradáveis são feitas a partir de plástico derivado do petróleo com aditivos pró-degradantes. Eles aceleram a fragmentação do material com ajuda da ação do oxigênio, da luz, da temperatura e da umidade.
A biodegradabilidade do material, entretanto, gera controvérsia. Isso porque o tempo de biodegradação do plástico fragmentado, ou microplástico, após a degradação química, será o mesmo que o do plástico convencional.
Por isso, ainda não se sabe se as embalagens de plástico oxibiodegradável podem, de fato, ser consideradas embalagens sustentáveis.
Feita de ágar-ágar, um composto gelatinoso, a embalagem feita a partir de alga também é sustentável. O material é usado na confecção de um bioplástico de algas e pode ser uma resposta ao plástico bolha convencional.
As embalagens são uma necessidade cada vez maior no dia-a-dia. Mas vale sempre lembrar que o melhor jeito de evitar os danos causados por elas é não usá-las, principalmente as de plástico.
Isso porque os materiais plásticos, quando descartados incorretamente ou escapam de aterros pelo vento e a chuva, demoram para se decompor.
As consequências de sua permanência no ambiente são inúmeras. Elas vão de sufocamento de animais e entrada na cadeia alimentar até a contaminação por disruptores endócrinos, entre outros.
Além do mais, a biodegradabilidade das embalagens não pode servir de desculpa para o descarte incorreto de resíduos. Essa é apenas uma forma de mitigar os impactos ambientais causados por descartes inadequados, e daqueles resíduos que escapam por meio do vento e da chuva para o meio ambiente.
Muitas embalagens sustentáveis não possuem viabilidade econômica ainda e, por isso, devemos pensar na sustentabilidade também para as de plástico convencional.
A reciclagem é alternativa para elas, pois estende a vida do produto e a economia do gasto de energia. Por esse ponto de vista, as embalagens de alumínio e de vidro também são opções sustentáveis. Afinal, podem ser recicladas diversas vezes e ainda não apresentam o mesmo risco que o plástico para os organismos.
Para saber como reduzir seu consumo de embalagens e outros itens de plástico, confira dicas no vídeo abaixo:
Está precisando descartar embalagens? Encontre postos de coleta mais próximos de sua casa no mecanismo de busca gratuito do Portal eCycle.
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