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Aprenda mais sobre a técnica de embolização arterial e porque ela pode ser benéfica para alguns problemas de saúde

A embolização arterial é um procedimento cirúrgico onde o fornecimento de sangue é interrompido propositalmente em uma parte do corpo. Essa interrupção é feita com a ajuda de um catéter e algum tipo de material pequeno, como esponjas de gelatina ou contas de plástico que ajudam a inibir a passagem do sangue. 

Embora o bloqueio de vasos sanguíneos seja majoritariamente associado com ataques cardíacos e problemas sérios de saúde, a embolização arterial pode oferecer vários benefícios à algumas condições. O procedimento poder ser utilizado no tratamento de artrite, problemas na próstata e outras condições.

Descoberta em 1970 pelo médico Charles Dotter, o primeiro processo de embolização foi feito no estômago para bloquear uma artéria no estômago do paciente para interromper um sangramento gástrico. Nesse caso o doutor usou um coágulo do próprio paciente, porém, desde então o método evoluiu e conta com outros materiais. 

Tipos de embolização 

Desde sua descoberta em 1970, a embolização arterial virou um procedimento comum que pode ser adaptado em diversas partes do corpo para tratar algumas condições. 

Embolização uterina

Esse tipo de embolização é usado para tratar miomas uterinos, um tipo de tumor benigno caracterizado por “caroços” cheios de sangue que crescem ao redor do útero. Cerca de 40% de pessoas com útero já desenvolveram mioma, que cresce durante os anos reprodutivos e encolhe durante a menopausa.

Em casos mais severos, os miomas podem causar abortos e problemas com a fertilidade e muitas vezes só conseguem ser tratados com a histerectomia — a remoção do útero. A técnica de embolização uterina é menos invasiva e ajuda a diminuir os miomas sem a necessidade de cirurgias maiores. 

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Na embolização uterina, o fluxo sanguíneo é interrompido em uma das principais artérias que é responsável por levar sangue oxigenado para o útero com a ajuda de contas de plástico. Desse modo, os miomas param de receber sangue e param de crescer, encolhendo em alguns meses. 

Quimioembolização transarterial

A quimioembolização transarterial (TACE na sigla em inglês) é um método usado em conjunto com a quimioterapia para diminuir tumores malignos do fígado. Ele consiste de uma injeção do medicamento da quimioterapia diretamente no tumor e da selagem de artéria hepática com a ajuda de contas de plástico. 

Esse método possibilita que o medicamento consiga atacar o tumor enquanto não há fluxo sanguíneo no órgão, possivelmente otimizando sua eficiência. Em outros casos, as contas usadas para interromper o fluxo do sangue também carregam o medicamento da quimioterapia, aumentando a dose da droga no tumor. 

Embora só tenha sido usado no tratamento do câncer do fígado, algumas pesquisas testam seu efeito no câncer de mama e no câncer de intestino. 

Artrite

Algumas pesquisas também procuram o efeito da embolização arterial em casos de artrite, ou osteoartrite. A artrite é, tipicamente, derivada do desgaste das juntas por uso, porém, o fluxo sanguíneo no local pode potencializar riscos de inflamação. Desse modo, interromper o fluxo da artéria genicular pode ajudar a reduzir a inflamação e a dor no local. Esse método específico, em vez de contas, são usadas pequenas partículas de gelatina que ajudam a selar a artéria. 

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Outros 

Com o avanço da medicina, é possível que a embolização arterial seja um tratamento viável para diversas outras condições. Outras pesquisas da área já sugeriram a possibilidade do método ser usado para o tratamento da obesidade e até de hemorroidas. 


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