Embriogênese é o período anterior ao período fetal, e ocorre nas oito semanas de desenvolvimento do embrião após a fecundação. Esse período ocorre em várias etapas de diferenciação celular e desenvolvimento embrionário, como a morfogênese, a histogênese, a organogênese e a formação do tubo neural. Entenda um pouco mais sobre essas etapas a seguir:
Como resultado do processo de fecundação, os gametas femininos e masculinos formam o zigoto, uma única célula totipotente, ou seja, que é capaz de originar todas as células do embrião. No estudo da embriologia humana, o período de nove meses de gestação é dividido em três períodos, o pré-embrionário, o embrionário e o fetal.
Para compreender o período pré-embrionário, é importante compreender os conceitos de zigoto e de clivagem.
Esse período acontece entre a primeira e a metade da terceira semana após a fecundação, e inicia-se com a clivagem, seguida da formação do blastocisto e da formação dos discos embrionários bilaminar e trilaminar.
Durante o período embrionário (entre o final da terceira semana e a oitava semana do desenvolvimento), ocorrem os processos de morfogênese, quando o zigoto adquire a forma de embrião, e de histogênese e organogênese (quando são formados os tecidos e órgãos do embrião).
Após adquirir o aspecto humano, no período fetal, entre a nona e a trigésima oitava semana de desenvolvimento, o embrião se torna feto e passa a crescer, a aumentar de peso e seus órgãos a maturarem. A partir desse momento, as chances de acontecer um aborto espontâneo se tornam cada semana se tornam menores. O vídeo abaixo resume o que que acontece durante do desenvolvimento pré-natal:
A seguir, entenda mais sobre os períodos pré-embrionário e embrionário.
A clivagem do zigoto e a clivagem dos blastômeros acontecem, aproximadamente, a cada 24 horas. Assim, ao fim do primeiro dia após a fecundação, tem-se dois blastômeros. No segundo dia, tem-se quatro blastômeros, oito no terceiro e 16 no quarto. No quinto dia obtém-se a mórula. Essa etapa ocorre enquanto esse maciço de células migra através da tuba uterina até o útero.
Ao chegar na cavidade uterina, a mórula começa a receber fluído uterino, que no período de dois dias cria espaços entre os blastômeros. Estes espaços gradualmente formam uma cavidade única, chamada blastocele, e com isso a mórula passa a ser chamada de blastocisto.
Além da blastocele, o blastocisto é composto por um conjunto de células internas (embrioblasto) e pelo trofoblasto (conjunto de células que delimitam o blastocisto). As células do embrioblasto formarão o embrião, enquanto as células do trofoblasto irão interagir com as células do endométrio para a formação da placenta.
Na segunda semana do desenvolvimento, os componentes do blastocisto começam a se diferenciar de forma simultânea para iniciar a implantação no endométrio e a diferenciação do embrioblasto. Ao fim desse processo, o trofoblasto deverá ser implantado na porção superior uterina e o embrioblasto se dividirá nas camadas celulares, epiblasto e hipoblasto, que juntos formam o disco embrionário bilaminar, além da vesícula amniótica, a vesícula vitelínica primitiva e o mesoderma extraembrionário.
A gastrulação acontece na primeira metade da terceira semana após a fertilização e, além de originar a relação céfalo-caudal, forma os folhetos embrionários, endoderma, mesoderma e ectoderma.
Iniciado na terceira semana, o período embrionário encerra a embriogênese. Nesta etapa ocorre:
Ao final do desenvolvimento do embrião, este possui cerca de 3 cm de comprimento, além de ter um aspecto humano e um “rascunho” dos seus órgãos. Os eventos que ocorrem a partir da nona semana até o nascimento compreendem o período fetal, no qual há crescimento intenso do feto e maturação dos órgãos.
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