As emissões de gases do efeito estufa da Alemanha atingiram o nível mais baixo dos últimos 70 anos, segundo um estudo do think tank de energia Agora Energiewende, publicado na última quinta-feira (04). De acordo com o documento, o país foi responsável pela emissão de 673 milhões de toneladas de gases de efeito estufa em 2023, uma redução de 9,8% em comparação com 2022.
A queda foi “em grande parte atribuível a uma forte diminuição na geração de energia a carvão”, disse a instituição.
A produção de energia a carvão no país caiu de 34% para 26% no ano passado. Além disso, a produção de energia de fontes renováveis foi superior a 50% do total em 2023.
O corte no uso de carvão foi responsável por uma redução de 46 milhões de toneladas nas emissões de CO2, estimou o grupo.
“No que diz respeito à geração de eletricidade, estamos num caminho muito bom”, disse o ministro da Economia, Robert Habeck, em um comunicado.
A Alemanha recorreu brevemente ao carvão devido ao corte do fornecimento de gás de Moscou, em consequência da invasão russa na Ucrânia. Porém, o país teria, desde então, diminuído o uso de combustíveis fósseis.
Embora a redução tenha sido significativa, especialistas do Agora Energiewende acreditam que esses resultados podem não ser reproduzidos em 2024. De acordo com o grupo, apenas cerca de 15% da redução de 2023 representa uma “poupança permanente de emissões”.
Isso se deu, em parte, devido à baixa produtividade da indústria alemã frente à crise do país. As emissões industriais teriam diminuído 20 milhões de toneladas, enquanto a produção nas indústrias de energia intensiva também diminuíram.
“A queda na produção relacionada com a crise enfraquece a economia alemã. Se as emissões forem subsequentemente deslocalizadas para o estrangeiro, então nada será alcançado para o clima”, disse o chefe da Agora, Simon Mueller.
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