Empatia é a capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa. Na psicologia positiva, a empatia é a capacidade de compreender e sentir as perspectivas, ações, reações, sentimentos e emoções alheias. Ser empático é saber ouvir, refletir sobre os pontos de vista do outro e ser capaz de entender melhor porque diferentes pessoas reagem à mesma situação de maneiras tão distintas.
A empatia faz parte de uma das competências da Inteligência Emocional. Nesse campo, existem quatro conjuntos (ou clusters) de competências: autoconsciência, autogerenciamento, consciência social e gestão de relacionamento. A empatia pode se enquadrar no conjunto da consciência social e consiste na habilidade de se conectar e se relacionar com outras pessoas.
Ela é um componente-chave na construção de relacionamentos saudáveis – na escola, no campo afetivo, no seio familiar, no ambiente de trabalho, na comunidade. Por isso, desenvolvê-la cedo, de preferência durante a primeira infância, é fundamental para garantir que o indivíduo tenha resiliência e sabedoria para administrar a própria vida na fase adulta.
Cada um de nós tem perspectivas diferentes sobre os fatos da vida, mas todos experimentamos alterações no humor, dores, mágoas, alegrias e tristezas. A empatia nos permite ampliar os horizontes para enxergar a perspectiva do outro. Mas também trocar experiências e, muitas vezes, aprender a lidar melhor com nossos próprios medos.
Por outro lado, a falta de empatia leva a conclusões precipitadas, julgamentos demasiadamente rígidos e intolerância. Isso acaba se refletindo em conflitos, maus sentimentos e relações de baixa qualidade.
Para muitos, ver outra pessoa sofrendo e reagir com indiferença ou até mesmo com hostilidade parece totalmente incompreensível. O fato de algumas pessoas reagirem dessa forma demonstra que a empatia não é, necessariamente, uma resposta universal ao sofrimento dos outros. Entretanto, uma pessoa é capaz de desenvolver a habilidade ao longo da vida.
A relação da empatia com o meio ambiente é algo mais comum do que você imagina. Pesquisas apontam que se importar com a natureza é algo normal entre os seres humanos, mas nem todos.
Para tentar compreender, um estudo, realizado pela University of Michigan, mostrou que pessoas que não demonstram emoção ao visualizarem imagens de desastres ambientais são menos empáticas.
Os pesquisadores notaram que os voluntários que não reagiram às imagens de problemas ambientais também tinham dificuldade de se emocionar com crianças chorando, trabalhadores cansados e atletas machucados.
Para os cientistas, isso aponta o porquê certa parte da sociedade nega apoio às causas ambientais. Mas isso nem sempre está relacionado ao que o outro sente sobre questões políticas e sim aos traços de suas personalidades.
Existem alguns sinais que ajudam a identificar uma pessoa empática. Se você se reconhece na maioria das afirmativas abaixo, é provável que tenha a competência da empatia bem desenvolvida.
Embora a empatia seja importante e necessária, também é preciso saber dosá-la. Preocupar-se com o bem-estar dos outros é um sinal de bondade e alta inteligência emocional. Porém, permitir que essas preocupações tomem conta da sua vida e prejudiquem a sua saúde mental é perigoso. Busque o equilíbrio sempre!
Existem mais de três tipos de empatia. A empatia emocional, também conhecida como empatia afetiva, é a capacidade de compreender melhor as emoções de outra pessoa e responder de forma adequada. Essa compreensão emocional pode levar o indivíduo a se preocupar de maneira saudável com o bem-estar alheio (inclusive com animais). Mas também pode provocar sentimentos de angústia.
Pessoas muito empáticas muitas vezes têm dificuldade em lidar com esse sentimento e acabam se tornando ansiosas ou deprimidas.
A empatia somática envolve uma espécie de reação física em resposta ao que outra pessoa está experimentando. Quando você vê outra pessoa se sentindo envergonhada, por exemplo, pode ficar com as bochechas coradas ou sentir dor de estômago.
Já a empatia cognitiva envolve ser capaz de compreender o estado mental de outra pessoa. Além do que ela pode estar pensando em resposta à situação. Isso está relacionado ao que os psicólogos chamam de teoria da mente, ou pensar sobre o que outras pessoas estão pensando.
Existe também a empatia compassiva, caracterizada por ser a capacidade de compreender e compartilhar as emoções de outra pessoa, mas sem assumi-las como suas. Ou seja, ela usa da inteligência emocional para responder eficazmente a uma situação sem ficar sobrecarregado.
Especialistas apontam que a empatia compassiva seja a forma mais eficaz de empatia, já que junta aspectos do sentimento em geral, com a compaixão.
“Colocar-nos no lugar de outra pessoa e olhar o mundo através dos olhos de alguém diferente de nós cria uma empatia compassiva que inspira as pessoas a quererem agir e constitui a base da justiça social e da procura do bem maior para todos.” (1)
Embora simpatia e compaixão estejam relacionadas com a empatia, existem diferenças importantes entre os conceitos. A compaixão e a simpatia geralmente envolvem uma conexão mais passiva, enquanto a empatia envolve o esforço ativo de compreender outra pessoa.
A maneira como as pessoas percebem o mundo ao redor é influenciada por uma série de vieses cognitivos. Por exemplo, as pessoas muitas vezes atribuem as falhas de outras pessoas a características internas, enquanto atribuem as próprias falhas a fatores externos.
Esses preconceitos podem tornar difícil a observação de todos os fatores que contribuem para uma situação específica. Assim reduzindo a probabilidade de que um indivíduo compreenda a perspectiva de outro.
Além disso, as pessoas tendem a adotar comportamentos por vezes conflitantes com os próprios valores. Principalmente quando se veem pressionadas pelo grupo social a que pertencem. O chamado “comportamento de manada” pode levar um indivíduo empático a agir com hostilidade. Isso em relação a alguém que está sendo rechaçado pela maioria.
Muitos também caem na armadilha de pensar que pessoas diferentes não sentem e/ou não se comportam da mesma maneira que eles. Afinal são de culturas, gêneros, etnias, vivências e pontos de vista diferentes. Isso é particularmente comum nos casos que envolvem distância física.
Por exemplo, ao assistirem a um documentário sobre desastres e conflitos em países estrangeiros, as pessoas podem ser menos impelidas a sentir empatia por acreditarem que aqueles que estão sofrendo são fundamentalmente diferentes de si mesmas.
Às vezes, quando alguém passa por uma experiência terrível, as pessoas ao redor cometem o erro de culpar a vítima por suas circunstâncias. Esta é a razão pela qual as vítimas de crimes são frequentemente questionadas sobre quais atitudes poderiam ter tomado para prevenir o crime.
Essa tendência decorre da necessidade de acreditar que o mundo é um lugar bom e justo. No geral, queremos crer que as pessoas “plantam aquilo que colhem”. Isso porque esse pensamento nos leva a pensar que coisas terríveis e cruéis jamais poderiam acontecer conosco.
Felizmente, a empatia é uma habilidade que você pode aprender e fortalecer. Se você quer desenvolver melhor essa habilidade, confira as dicas a seguir:
Existe, também, um método de desenvolver a empatia pela natureza. Conhecida como hanami, a prática japonesa se resume na apreciação das flores de cerejeiras e de outras espécies. Entenda mais como desenvolvê-la e praticá-la:
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