Beyond Meat, uma nova empresa com sede em Maryland, nos Estados Unidos, desenvolveu uma alternativa à carne de frango que promete praticamente determinar o fim da verdadeira. Ao contrário de outras opções disponíveis no mercado, ela é barata e saborosa, segundo seus produtores.
Tendo crescido rodeado por animais de fazenda, o idealizador da nova carne, Ethan Brown, se tornou cada vez mais preocupado com seu próprio bem estar. Consequentemente, tornou-se vegetariano, mas se viu frustrado com as opções alternativas à carne no mercado. Foi aí que ele decidiu criar sua própria empresa.
Apenas 12% das donas de casa nos EUA consomem alternativas à carne, e este número não cresceu muito ao longo dos anos, diz David Browne, um consultor sênior que analisa a indústria de alimentos para a Mintel, uma empresa de pesquisa de mercado. Ele diz que o mercado de novas opções às carnes tradicionais gira em torno de 340 milhões de dólares e cresce modestamente, entre 3% a 5% ao ano, enquanto o consumo de carne per capita está em declínio.
Ethan Brown está esperançoso de que um sabor e uma textura mais realistas possam impulsionar esses números, principalmente entre os jovens consumidores preocupados com a saúde. Brown diz que sua meta para Beyond Meat é deixar de estar presente apenas no nicho dos alimentos saudáveis e passar a ser vendida para todos os consumidores, inclusive aos amantes da carne.
Produção da “carne”
O processo de Brown usa novas tecnologias para transformar soja e outros ingredientes vegetarianos em um produto final que imita a carne de frango.
As instalações são o que Brown chama de fazenda moderna. Cheira a canja de galinha, mas não há animais. Exceto pelo zunido de várias máquinas de processamento e aquecimento, não há barulho. Parece mais um laboratório do que uma cozinha.
De acordo com o produtor, trata-se de uma das proteínas mais limpas que se pode dispor, uma vez que não existe preocupação relacionada aos aditivos usualmente aplicados à criação de frangos. Defende tratar-se de um produto puro, de origem vegetal.
Para produzir a “carne”, o processo se inicia com uma mistura em pó seca de soja e ervilha, fibra de cenoura e farinha sem glúten. Por meio de uma máquina que a empresa licenciou com exclusividade, da universidade do Missouri, a mistura é cozida, resfriada e expelida. O processo inteiro, do pó ao produto, leva 15 segundos, comparativamente às cerca de seis semanas tomadas em um processo de criação da ave.
Para produzir a Beyond Meat, apenas uma fração da água, dos grãos e do espaço para criar frangos é necessária. Por isso, Brown acredita que seus produtos podem ser vendidos a preços inferiores aos das carnes convencionais, e também de outros produtos alternativos a estas, que tendem a ser mais caros.
No entanto, a competição vem de todos os lados. Muitas das grandes empresas de alimentos já possuem produtos alternativos à carne. Alguns estão no mercado há décadas. Mas tudo depende do sabor dos produtos alternativos e isso tem sido um grande desafio.
Os consumidores logo terão a chance de experimentar. Uma cadeia de supermercados norte-americana planeja começar a vender comida pronta usando o frango da Beyond Meat em junho de 2012, em todo o norte da Califórnia.
A Beyond Meat esta construindo uma fábrica maior e pretende começar também a produzir carnes “falsas” bovinas e suínas.
Mas e a velha fazenda da família? Quem sabe se agora somente para o leite e para os ovos?
Para conhecer mais sobre a Beyond Meat, entre no site oficial: beyondmeat.com
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