A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) deu início, no dia 15 de dezembro, ao VII Seminário Internacional anual da agência sobre “pegadas ecológicas”, em Santiago, no Chile. O evento reuniu 15 especialistas da região de atuação da CEPAL e também da Europa com o objetivo de debater as consequências do comércio internacional para as mudanças climáticas.
De acordo com o secretário executivo adjunto da Cepal, Antonio Prado, os debates ao longo do encontro são “especialmente relevantes para a América Latina e o Caribe, uma vez que alguns de seus principais mercados de exportação se encontram a uma grande distância e, portanto, as emissões associadas ao transporte desses produtos podem ser consideráveis”. Para o dirigente, são necessários mecanismos precisos para quantificar as emissões de gases do efeito estufa vinculadas ao comércio internacional.
Prado destacou que a região não está alheia às mudanças climáticas provocadas por atividades poluentes. Nações caribenhas e centroamericanas já têm sofrido as consequências da crise ambiental com particular intensidade, segundo o secretário.
“Estes impactos são sentidos com maior intensidade nos países em desenvolvimento, que estão menos preparados para se adaptarem a este fenômeno e que experimentam situações como secas persistentes, eventos meteorológicos extremos, o degelo de seus glaciares, a erosão costeira e a acidificação dos oceanos. Tudo isso ameaça sua segurança alimentar e os esforços para erradicar a pobreza e alcançar o desenvolvimento sustentável”, disse.
De acordo com o dirigente, o seminário contribuiu para a busca por instrumentos eficazes, que podem reduzir as emissões associadas ao comércio de mercadorias sem, no entanto, recair no “protecionismo verde”.
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