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Pedro Luiz Côrtes classificou o encontro entre os dois países como protocolar e disse que o governo americano não deve pressionar o Brasil em relação à preservação da Amazônia
Por Jornal da USP | Em encontro com Jair Bolsonaro na Cúpula das Américas, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, defendeu a preservação da Amazônia e afirmou que os outros países deveriam destinar recursos para ajudar nessa preservação. O presidente brasileiro, por outro lado, não comentou a respeito de projetos de conservação da floresta. Para Pedro Luiz Côrtes, professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP, o encontro entre os dois líderes foi protocolar.
Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, Côrtes afirma que as expectativas para a reunião eram maiores, especialmente em relação às questões ambientais. Segundo ele, mesmo que Biden tenha manifestado interesse na conservação da floresta amazônica, seu discurso ficou muito longe dos discursos em debates com o ex-presidente americano, Donald Trump.
Garimpo e desmatamento
“[Biden] Dizia que ia destinar uma quantia substancial para a preservação da Amazônia, algo que não aconteceu até agora, em parte justificado pela falta de interesse do governo brasileiro em preservar a Amazônia, ao contrário do que manifestou o presidente Bolsonaro”, ressalta o professor. Ele reforça que o governo brasileiro tem se esforçado para não seguir a legislação e cita as frequentes falas do presidente a favor do garimpo e do desmatamento, políticas antiambientais.
Côrtes finaliza dizendo que não acredita que o governo americano pressione o Brasil em relação às questões ambientais: “É cada um falando uma coisa, mas sem que houvesse ali um diálogo efetivo, uma compreensão efetiva, ou que tivessem metas”.
Este texto foi originalmente publicado pelo Jornal da USP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.
