Por Mauro Bellesa em IEA USP | As perspectivas para as fontes renováveis de energia limpa (hidráulica, eólica e fotovoltaica) serão debatidas no seminário Energia: Até onde Podemos Ir?, no dia 1º de julho, às 14h. Será o primeiro encontro promovido pelo Programa Eixos Temáticos da USP. Desenvolvido pela Assessoria do Gabinete do Reitor, o programa visa a apresentar à sociedade uma agenda de temas prioritários para a elaboração de políticas públicas que atendam às metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos na Agenda 2030 da ONU.
O eixo temático Energia reúne 12 pesquisadores da USP e é coordenado pelos professores José Roberto Cardoso, da Escola Politécnica (EP), e Sueni Teixeira Coelho, do Instituto de Energia e Ambiente (IEE). Nesta primeira fase de consulta à sociedade civil organizada, o grupo ouvirá personalidades do setor, “para poder identificar, com a segurança devida, tendências que permitam ao grupo definir políticas públicas que sejam úteis para as cidades, estados e o país nesta década”, afirma Cardoso. A presença do público nessa e em outras audiências também faz parte do desenvolvimento do trabalho, “pois as preocupações externadas nos debates serão contempladas na formação do pensamento uspiano sobre a temática”.
Os expositores do seminário serão:
Contexto
É raro o dia em que não apareçam na grande imprensa opiniões de especialistas, preocupações das entidades de classes de várias categorias e comentários de influenciadores de redes sociais sobre cenários cujo principal insumo envolvido seja a energia, destaca Cardoso. “Pelo lado da demanda, a energia para a mobilidade, para a agricultura, para novos processos industriais, para o blockchain e para outros usos é, a nosso ver, o que causa maior preocupação para a sociedade, diante da enorme dependência deste insumo para a sobrevivência.”
No entanto, poucos se preocupam com o lado da oferta de energia, afirma o professor. As fontes renováveis clássicas tais como a hidráulica, eólica e fotovoltaica são suficientes para suprir nossas necessidades presentes e futuras de energia limpa, avalia.
Para ele, apesar de vista com viés impopular, a energia oriunda de combustíveis fósseis ainda pode fornecer grandes contribuições a partir de uma boa gestão de seu uso. “Quanto à energia nuclear, nem se fala. Sua impopularidade é enorme e a grande maioria, refratária ao seu uso, é contra por que é contra, sem dar justificativa robusta para essa rejeição.”
Este texto foi originalmente publicado pelo Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.
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