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Documento traz uma agenda climática transversal e aborda, entre outros tópicos, a retomada e revisão de planos climáticos e ambientais existentes

Por Observatório do Clima | A Conferência Brasileira de Mudança do Clima (CBMC), movimento coordenado e liderado pelo Instituto Ethos com a participação de organizações não governamentais, movimentos sociais, populações tradicionais e originárias, governos locais e a comunidade científica lança dia 9 de agosto (terça-feira), a Carta com os 15 Compromisso e as Diretrizes para a Ação e Ambição Climática direcionada a candidatos aos Poderes Executivo e Legislativo, tanto em âmbito federal, quanto estadual. A carta é uma construção conjunta de 27 entidades em busca do comprometimento de seus signatários para colocar em prática ações e políticas da agenda do clima com o pragmatismo e a urgência que a mudança climática exige.

O lançamento da Carta é coordenado pelo Instituto Ethos e tem participação da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Centro Brasil no Clima (CBC), The Climate Reality, ICLEI – Governos Locais Pela Sustentabilidade, Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), Observatório do Clima, Rede Brasil do Pacto Global, Fundação Getúlio Vargas (FGV), Fundação Amazônia Sustentável (FAZ), Fundación Avina, Fundação Konrad Adenauer (KAS) entre outras.

Os 15 compromissos tratam de uma agenda climática transversal e abordam, entre outros tópicos, a retomada e revisão de planos climáticos e ambientais existentes; retomada e ampliação de espaços de participação social; implantação de acordos já firmados; aumento constante de ambição climática e alinhamento com o 1,5ºC; desmatamento zero; empregos e empregabilidade aos setores desestimulados pela mudança do clima; distribuição de renda e combate às desigualdades com políticas públicas de incentivo e crédito a sociobioeconomia; estímulo ao setor privado para atuar dentro das boas práticas e com baixo impacto socioambiental; redução da tributação dos empreendimentos de baixo impacto, fomentando uso de energias renováveis, eficiência energética, descarte adequado de resíduos, boas práticas de compliance e governança empresarial; preservação dos recursos hídricos; implementação de transportes integrados, com eficiência energética e carbono neutro; garantia de justiça climática, racial e defesa dos povos e territórios brasileiros.

A Carta Compromisso e as Diretrizes para a Ação e Ambição Climática foi lançada às 10h e, às 11h ocorreu a assinatura com a presença de parte dos signatários do documento.

Programação da IV Conferência Brasileira de Mudança do Clima

9h – Painel de abertura – Vai destacar a urgência da agenda do clima e da preservação do meio ambiente no Brasil, em especial em um ano eleitoral como o de 2022. “Será o momento para defendermos as instituições brasileiras e a democracia sob a urgência do combate ao desmatamento e do cumprimento da política ambiental de nosso país”, afirma Caio Magri, diretor presidente do Instituto Ethos.

10h – Lançamento da carta-compromisso “Diretrizes para a Ação e Ambição Climática”

11h30 – A agenda climática de Pernambuco será o tema da discussão com as participações de Inamara Melo, secretária de Meio Ambiente do Estado de Pernambuco, Izabella de Roldão, vice-prefeita do Recife e Carlos Cavalcanti, diretor de Meio Ambiente de Suape. O painel abordará os principais instrumentos desenvolvidos por governos e iniciativa privada, no estado de Pernambuco, para o enfrentamento a mudança do clima.

14h30 – Painel Farol Verde traz a provocação “Procuram-se candidaturas pelo Clima & Meio Ambiente”. O Painel é uma iniciativa do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), em parceria com o Grupo de Trabalho Socioambiental da Rede de Advocacy Colaborativo (RAC) e algumas das mais importantes organizações e redes da sociedade civil, e pretende oferecer aos eleitores de todo o país informações e dados qualificados e confiáveis sobre as opiniões de pré-candidatos à Câmara Federal e ao Senado sobre pautas de Mudança Climática, Meio Ambiente, Direitos Socioambientais e Sustentabilidade.

15h30 – Painel Criando cadeias econômicas para regenerar o ambiente e reduzir desigualdades discute as iniciativas das cadeias econômicas, com foco na regeneração ambiental, refletindo quais os impactos sociais para o avanço da agenda climática em amplo desenvolvimento no Nordeste.

16h30 – Painel Fortalecimento dos governos subnacionais e atores não governamentais na implementação da política climática brasileira e no Balanço Global do Acordo de Paris vai discutir oportunidades e desafios para aumentar o engajamento dos diversos atores da sociedade civil brasileira na implementação e fortalecimento da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), do Brasil.

17h30 – O Futuro é Ancestral e a Juventude é o Nosso Presente discute a atuação dos jovens no combate à crise climática.

18h20 – O que é o Climate Clock? Presente no palco da Conferência, o Climate Clock é um cronômetro para mostrar o tempo que falta para o planeta atingir o aumento crítico de 1.5°C em sua temperatura, colocado pelo Acordo de Paris para descarbonização das economias mundiais até 2030.

Atividades simultâneas – Sala Pajeú

10h30 – Encontro do Grupo de Trabalho de Gênero e Justiça Climática – Observatório do Clima

12h10 – Lançamento do Livro “Quem precisa de Justiça Climática no Brasil?”

13h – Almoço

14h30 – Pernambuco no Clima: Fortalecimento de Capacidades para Ação Climática Local

15h30 – Educação Ambiental: uma via de enfrentamento à crise climática

16h30 – Oficina participativa para Recife pós desastres de 2022

18h10 – Brasil 2045: Construindo uma potência ambiental

O evento será transmitido pelo canal do YouTube do Instituto Ethos, das 9 às 19 horas.

Sobre a Conferência Brasileira de Mudança do Clima

Em 2019, após o governo brasileiro anunciar a decisão de não sediar a COP25 e evidenciar que a agenda climática não seria uma prioridade, nasceu a Conferência Brasileira de Mudança do Clima (CBMC). Inspirada pelo movimento We Are Still In – movimento que mobiliza a sociedade americana para reduzir as emissões de carbono dos EUA pela metade, até 2030, e colocar o país no caminho para atingir a emissão zero, até 2050 -, a CBMC é composta por organizações não governamentais, movimentos sociais, populações tradicionais e originárias, governos locais, a comunidade científica e o setor privado com o objetivo de propor soluções para a descarbonização da economia brasileira e para o enfrentamento à crise climática em alinhamento com os objetivos destacados no Acordo de Paris.

Realização: Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Centro Brasil no Clima (CBC), The Climate Reality, Confederação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), Fundação Getúlio Vargas (FGV), Fundação Amazônia Sustentável (FAZ), Fundación Avina, Fundação Konrad Adenauer (KAS), Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Hivos, ICLEI Governos Locais pela Sustentabilidade, IEI-Brasil; Instituto Alana, Instituto Akatu,  Instituto Clima e Sociedade (iCS), Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), Instituto Ethos, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia IPAM,  Observatório do Clima, Rede Brasil do Pacto Global, Prefeitura de Recife, Projeto Saúde e Alegria, Rede de Cooperação Amazônica, SeClima-Niterói, SEMAD-Goiás, SEMAS-Pernambuco, Synergia Consultoria Socioambiental e Youth Climate Leaders.

Apoio: Instituto Clima e Sociedade (iCS), Fundação Konrad Adenauer (KAS), Embaixada do Canadá e Synergia Consultoria Socioambiental.


Este texto foi originalmente publicado por Observatório do Clima de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.


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