Entre mudanças climáticas e ameaça da Ômicron, 2022 pode ser um ano complicado para se viver

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Conflitos políticos, mudanças climáticas e uma nova onda de casos do coronavírus podem ameaçar a tranquilidade inicial que 2022 apresentava. Especialistas alegam que é possível que o ano que vem seja repleto de turbulências e complicações por diversos motivos. 

Embora seja desconcertante, manter a esperança de que um novo ano melhore pode ser uma das únicas coisas que podemos fazer. Com grande parte da população já vacinada, os casos de coronavírus haviam diminuído e consequentemente, as mortes. Porém, houve um pequeno estopim causado pela nova variante ômicron que foi confirmada agora no final do ano. Por isso, é essencial que os cuidados especiais continuem — a constante higienização e uso de máscaras para evitar ao máximo o prolongamento da pandemia e a conscientização da população.

O Oriente Médio é um ponto de foco de conflito para 2022. Na beira de uma nova Copa Mundial, Qatar passará por um processo meticuloso no histórico de direitos humanos. Enquanto novos estádios e hotéis eram construídos para conseguir hospedar viajantes de todo o mundo, mais de 6 mil trabalhadores morreram. 

Além disso, por estar no holofote mundial, as leis contra os direitos das mulheres e da população LGBTQI+ podem ser questionadas e enfrentadas pelo público. O The Guardian indicou que o Qatar pode vir a se tornar um novo ícone de exemplo para o sportwashing

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Outros conflitos políticos também estão à beira de um estopim. Entre Israel e Irã, o governo totalitário da Turquia e os problemas de guerra no Líbano, o Oriente Médio pode ser o palco de momentos turbulentos.

Por outro lado, parte da Europa segue pensando nos impactos ambientais depois da reunião da COP26. É esperado que o continente comece planos para reduzir o seu impacto e emissões de gases do efeito estufa, porém, influências externas dos Estados Unidos e da China podem ser um empecilho para que esses planos se concretizem. 

O Brasil enfrentará momentos de tensão por conta da nova eleição presidencial de 2022. O presidente atual, Jair Bolsonaro, cai nas enquetes que já estão sendo realizadas. Bolsonaro foi amplamente condenado por sua negligência com a pandemia de Covid. Mais de meio milhão de brasileiros morreram, mais do que em qualquer país exceto os Estados Unidos. Além disso, Bolsonaro é criticado por negar as mudanças climáticas e a destruição acelerada da floresta amazônica. Nesse cenário, as enquetes ainda mostram números promissores para seu oponente, o antigo presidente do País, Lula. Os conflitos entre esquerda e direita podem entrar em estopim, causando possíveis problemas para a população. 

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A América do Norte enfrentará problemas similares com as eleições de meio de mandato que serão estabelecidas em novembro. O partido republicano vai ter a chance de retomar o mandato de Donald Trump, que é contra o governo atual de Joe Biden. 

A próxima reunião do COP26 será estabelecida no Egito em novembro, onde serão analisadas as promessas feitas em Glasgow para a redução das emissões de carbono e metano. Mas, ainda assim, não é possível esperar que as mudanças climáticas sejam amenizadas em 2022 — os climas extremos e catástrofes naturais como a ocorrida na Bahia são reflexo disso. 

As regiões polares terão um fluxo maior de pessoas, o que pode não ser bom considerando os levantamentos da COP26. De acordo com o que foi debatido, é possível que o aquecimento global faça com que a chuva seja mais comum que a neve nesses continentes — uma conclusão assustadora considerando o clima atual da área. 

Resumidamente, é importante nos prepararmos para momentos de grande tensão e turbulência para o ano de 2022. Porém, algumas ameaças podem ser evitadas, principalmente o possível prolongamento da pandemia de coronavírus. Existem medidas que, ao serem tomadas, reduzem o risco de contaminação.

Júlia Assef

Jornalista formada pela PUC-SP, vegetariana e fã do Elton John. Curiosa do mundo da moda e do meio ambiente.

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