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O evento, 100% on-line e gratuito, terá transmissão pelo YouTube no próximo dia 5 de maio

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Por Embrapa 1° Workshop Brasileiro de Lithothamnium (WBL) – Uso de Bioclásticos Marinhos na Agricultura, organizado pela Embrapa Solos (RJ) e pela Rede FertBrasil, reunirá especialistas para debater os desafios atuais e futuros do possível uso de granulados bioclásticos marinhos como uma das alternativas para a indústria de fertilizantes no Brasil. O evento, 100% on-line e gratuito, terá transmissão pelo YouTube no próximo dia 5 de maio.

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Os granulados bioclásticos marinhos, de acordo com definição da Agência Nacional de Mineração (ANM), são areias e cascalhos inconsolidados, constituídos por fragmentos de algas coralíneas (algas vermelhas), artículos de Halimeda (algas verdes), moluscos, briozoários (pequenos animais invertebrados), foraminíferos bentônicos (protozoários com carapaças) e quartzo.

Segundo o pesquisador da Embrapa Solos Silvio Tavares, os depósitos mais importantes, do ponto de vista econômico, são os que formam acumulações em que predominam as algas coralíneas não articuladas ou incrustantes, sob a forma de nódulos esféricos, discoides ou elipsoides (rodolitos), ou como fragmentos ramificados do gênero Lithothamnium.

O workshop terá quatro mesas redondas, com um total de dez palestras, e abordará temas como uso agrícola de lithothamnium no solo, fatores limitantes da produção atual, obstáculos para o aumento da produção nacional, legislação e licenciamento ambiental.

Palestram especialistas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM); Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG); Universidade Federal de Lavras (UFLA); Embrapa; Agência Nacional de Mineração (ANM) e Universidade de São Paulo (Esalq/USP).

Os organizadores explicam que o evento será uma oportunidade para apresentar esse produto ainda pouco conhecido à comunidade técnico-científica, por meio da promoção de debates entre os meios acadêmico e industrial. A ideia é reunir representantes de empresas, universidades, instituições de pesquisa e inovação tecnológica, estudantes e órgãos públicos envolvidos com o tema.

“No momento atual, de desorganização das cadeias mundiais de suprimentos, principalmente a cadeia de fertilizantes, o tema granulados bioclásticos marinhos (GBM), ainda pouco conhecido e utilizado no Brasil, tem de vir à tona para discussão técnica e científica sobre a viabilidade do seu uso sustentável na agricultura, já que temos a maior reserva mundial desses bioclásticos. Podemos estar diante de um mar de oportunidades sustentáveis para o Brasil”, analisa Tavares.

O pesquisador acrescenta que, de acordo com dados da ANM, a plataforma continental brasileira possui o mais longo e contínuo depósito carbonático de algas calcárias do mundo, se estendendo por cerca de 4 mil quilômetros, desde o estado do Maranhão até o norte do Rio de Janeiro.

“Nos países que possuem essas áreas com granulados bioclásticos marinhos, esse recurso tem sido explorado intensamente por mais de 60 anos, utilizando-o não só como fertilizante, mas também como suplemento de ração animal, nutrição humana, farmacologia/cosmética, biotecnologia e, ainda, como filtro para tratamento de água e esgotos domésticos e industriais”, conclui.

Plano Nacional de Fertilizantes

Em março, o governo federal lançou o Plano Nacional de Fertilizantes, com o objetivo de ordenar as ações públicas e privadas para ampliar a produção competitiva de fertilizantes no Brasil, abrangendo adubos, corretivos e condicionadores; diminuir a forte dependência tecnológica e de fornecimento do País, mitigando o impacto de possíveis crises; e ampliar a competitividade do agronegócio brasileiro no mercado internacional, respeitando as regulações ambientais.

O plano tem três pilares, de acordo o pesquisador José Carlos Polidoro, da Embrapa Solos, integrante do grupo de trabalho interministerial que discutiu o tema no governo federal. O primeiro está focado em desburocratizar e melhorar o ambiente de negócios, por meio de medidas administrativas, legislativas e políticas.

O segundo pretende atrair investimentos para aumentar a produção de fertilizantes (nitrogêncio, potássio e fósforo) no Brasil. E o último, diretamente relacionado com a atuação da Embrapa, buscará ampliar os investimentos em ciência, tecnologia e inovação, em sustentabilidade ambiental e no desenvolvimento da cadeira de fertilizantes e nutrição de plantas do Brasil.

Fernando Gregio (MTb 42.280/SP)
Embrapa Solos

Contatos para a imprensa
fernando.gregio@embrapa.br

Este texto foi originalmente publicado por Embrapa de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original.


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