Espécies invasoras, ou espécies exóticas invasoras, são espécies que ocorrem em uma área fora de seu limite natural historicamente conhecido, como resultado da dispersão acidental ou intencional através de atividades humanas, e que oferecem ameaças às espécies nativas ou aos seres humanos, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
A adaptação às condições do local no qual se inseriu, a ausência de predadores e a degradação são os principais fatores que levam uma espécie exótica a se tornar invasora, competindo com as espécies nativas por recursos e causando um grande impacto à comunidade.
Espécies exóticas são espécies que ocorrem em uma área fora de seu limite natural historicamente conhecido e não causam prejuízos às espécies nativas ou aos seres humanos. Já espécies invasoras são espécies que, quando introduzidas em uma área fora de seu limite natural historicamente conhecido, conseguem adaptar-se, estabelecer-se, reproduzir-se e espalhar-se até colonizar o ambiente, formar novas populações e provocar impactos na biodiversidade, na saúde e na economia.
As espécies invasoras podem se instalar de três maneiras diferentes:
Muitas espécies exóticas podem ser aceitas pela comunidade sem causar efeitos drásticos. Entretanto, se começam a se proliferar sem controle e ameaçar outras espécies e ecossistemas, elas passam a ser consideradas espécies invasoras. Isso acontece porque em locais onde não ocorrem de forma natural, espécies não encontram competidores ou predadores naturais, o que facilita sua ocupação e multiplicação e ameaça a permanência de espécies nativas.
A invasão por espécies exóticas pode ser tão grave, que é considerada a segunda principal causa da perda de biodiversidade em todo o mundo. Existem diversas espécies exóticas invasoras que vêm causando impactos sobre a riqueza sul-americana. A introdução de várias espécies de Pinus em países sul-americanos gerou diversos impactos, como alterações nas propriedades do solo e na composição de comunidades de plantas e animais.
Outro exemplo de espécie invasora é a lebre-europeia, espécie nativa da Europa que foi introduzida na América do Sul para a caça esportiva. Desde que chegou ao Brasil, a espécie vem ampliando sua distribuição, por causa de seu alto potencial reprodutivo e flexibilidade ecológica. Consequentemente, ela vem causando danos à agricultura e colocando espécies da fauna local em risco.
No Brasil, as principais espécies invasoras são:
De modo geral, as espécies invasoras impedem o desenvolvimento das espécies nativas, alteram química, física e biologicamente o habitat, competem por recursos e introduzem novos parasitas e doenças. Além disso, os efeitos de uma invasão biológica podem ser observados na saúde humana, já que muitas espécies transmitem doenças, causam alergias e são tóxicas. Por fim, as espécies invasoras afetam a economia, uma vez que reduzem as atividades agropecuária, pesqueira e turística.
Em primeiro lugar, a detecção de espécies que possuem grande potencial de se tornar exóticas invasoras é essencial. Com isso, as espécies podem ser analisadas e ter sua dispersão controlada. Alguns fatores que ajudam nessa detecção são: quanto maior a população inicial da espécie em questão e quanto maior a tolerância a diferentes tipos de clima, maior a chance de se tornar invasora.
Em segundo lugar, no caso de espécie invasora já instalada, sua erradicação é recomendável, porém, isso nem sempre é possível. É necessário estudar o custo-benefício desse processo, pois muitas vezes eles são caros e precisam de muito tempo, ou que podem causar ainda mais danos ao ambiente. No caso de impossibilidade de erradicação, o controle sobre a espécie é a única solução a ser aplicada.
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