Esperma, ou sêmen, é a ejaculação masculina. Ele é constituído por líquidos produzidos nos testículos, vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais e por espermatozoides — as células reprodutoras masculinas que têm três partes: a cabeça, a peça intermediária e a cauda.
A cabeça é responsável pela entrada da célula dentro do óvulo (célula reprodutora feminina) e contém o DNA, a peça intermediária é onde fica a mitocôndria, que faz com que a cauda se mova, permitindo que o espermatozoide “nade”.
Para que o espermatozoide consiga fertilizar o óvulo com sucesso, ele precisa nadar do órgão reprodutivo feminino, até o útero — nas trompas de Falópio.
O esperma contém aproximadamente 100 milhões de espermatozoides, porém, apenas um consegue entrar no óvulo para concluir sua fertilização e resultar na fecundação. É especulado que a viagem garante que apenas o gameta mais forte consegue chegar ao útero.
O espermatozoide é uma das fontes da vida, junto com o óvulo. Portanto, todos os animais o produzem.
De acordo com uma pesquisa realizada na Penn’s School of Arts & Science, o espermatozoide humano tem a mesma via molecular que rege a mobilidade que corais e outras espécies marinhas. A célula é incentivada a “nadar” por conta de uma enzima de detecção de pH — adenilato ciclase (AC).
Cientistas se interessaram na pesquisa por conta da fragilidade que o esperma apresenta ao ser exposto a ambientes e queriam descobrir como isso acontecia no mar. Por isso, foi estudado o coral Montipora capitata — uma espécie nativa do Oceano Pacífico que apenas se reproduz na Lua nova.
Conforme o que foi estudado, os pesquisadores afirmam que a descoberta da mesma enzima de detecção de pH em humanos é importante por conta da evolução. A ancestralidade dos seres humanos com a espécie dos Cnidários é separada por milhões de anos, portanto, a perseverança do funcionamento do sistema reprodutivo é impressionante.
Também foi possível afirmar que, podendo ser suscetível a mudanças no pH, a longevidade do esperma é extremamente frágil, uma vez que a mudança da temperatura consegue comprometer sua fertilidade. Por isso, o aquecimento global é uma ameaça às vidas marinhas — o aumento da temperatura no ecossistema pode acabar com milhões de espécies.
Para garantir sua fertilidade, o esperma humano precisa ser saudável. A sua saúde é analisada de acordo com alguns fatores, sendo eles a espessura, quantidade, concentração, motilidade e morfologia.
É possível garantir a saúde do esperma seguindo uma dieta saudável, mantendo o controle do peso, se afastando de hábitos nocivos como fumar e beber e mantendo distância de substâncias tóxicas, como os pesticidas.
Uma equipe de pesquisadores chineses descobriu que homens que vivem em áreas altamente poluídas podem apresentar baixa motilidade espermática.
A partir de testes experimentais, os cientistas observaram que os homens expostos a partículas menores que 2,5 micrômeros tiveram, em média, uma diminuição de 3,6% na motilidade, quando comparados aos que não foram expostos.
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