Imagem editada e redimensionada de Joost J. Bakker, disponível no Flickr sob a licença CC BY 2.0
O espinheiro-marítimo é um arbusto espinhoso nativo da Ásia Central e de algumas regiões da Europa, conhecido por suas propriedades medicinais. De fato, acredita-se que ele tenha sido utilizado na Rússia e na China por centenas de anos na medicina tradicional local.
A planta de nome científico Hippophae rhamnoides pode alcançar até 2 metros de altura e possui folhas estreitas e frutos pequenos cuja coloração varia entre o amarelo e o laranja. Ela é comumente encontrada em dunas de areia ao longo das costas leste e sudeste da Grã-Bretanha e nas montanhas da Europa e da Ásia.
Além de ser cultivado devido aos seus benefícios à saúde, o espinheiro-marítimo também é usado como planta ornamental, cujas folhas e frutos contribuem para a composição estética do arbusto.
Na área medicinal e cosmética, as folhas, flores, sementes e frutos do espinheiro-marítimo são usados em chás, óleos ou concentrados para uma ampla variedade de problemas de saúde. Conheça seus benefícios!
Em geral, o espinheiro-marítimo é uma planta com diversas propriedades nutricionais e medicinais. Ela contém vitaminas, carotenoides, polifenóis, ácidos graxos e fitoesteróis. Esses compostos já apresentaram efeitos:
A expansão do cultivo do fruto do espinheiro-marítimo possibilitou um maior entendimento sobre os possíveis benefícios da planta. Segundo uma pesquisa realizada no Canadá, por exemplo, a presença de compostos polifenólicos essenciais no bagaço e nas sementes da planta podem oferecer benefícios que vão desde a proteção cardiovascular até propriedades anti-inflamatórias.
Segundo um estudo realizado em animais de laboratório, o óleo de espinheiro-marítimo demonstrou ter um efeito positivo no tratamento de eczema. Os pesquisadores aplicaram o óleo na pele dos ratos durante 4 semanas e descobriram que ele inibia a inflamação, melhorando os sintomas da condição.
Além disso, uma análise de mais de 30 estudos sugere que existem evidências que o uso da planta pode reduzir a gravidade da dermatite de contato.
O óleo de espinheiro-marítimo tem sido usado como tratamento tradicional da pele há séculos. Ele é rico em gordura insaturada, além de conter compostos benéficos à saúde da pele, incluindo antioxidantes, fitoesteróis, carotenoides e vitaminas E e K. Todos esses agentes funcionam juntos para proteger a integridade da pele, promover a sua renovação e, consequentemente, contribuir para a cicatrização.
Os fitoesteróis presentes na planta são compostos com ações antioxidantes e anti-inflamatórias, que auxiliam na proteção do organismo contra danos e doenças, incluindo doenças cardíacas.
Esses compostos também ajudam a bloquear a absorção do colesterol da dieta, o que pode ajudar a evitar que o colesterol LDL (ruim) crie bloqueios nos vasos sanguíneos e artérias.
Adicionalmente, o óleo da planta é uma ótima fonte dos ácidos graxos ômega-6 e ômega-3, que podem ajudar a prevenir doenças cardíacas, como a hipertensão.
Um estudo de 2021 observou que o consumo de um purê de espinheiro-marítimo por cinco semanas resultou em uma pequena diminuição no açúcar no sangue em jejum. No entanto, foi um estudo relativamente pequeno, contando com apenas 38 participantes que apresentavam uma regulação prejudicada da glicose ou pré-diabetes.
Acredita-se que esses efeitos possivelmente anti-diabéticos sejam atribuídos aos antioxidantes presentes na planta.
O consumo da fruta do espinheiro-marítimo é seguro quando ingerido em quantidades normais. A fruta também é provavelmente segura quando consumida para fins medicinais, embora possam ocorrer efeitos colaterais, como sintomas gastrointestinais.
Por outro lado, os suplementos, óleos e pomadas derivados da planta podem não ser benéficos para todos os grupos de pessoas. Você deve conversar com um médico antes de usar a planta se:
É importante ressaltar que fatores geográficos influenciam o perfil nutricional dos frutos da planta. Além disso, o seu uso não substitui, de forma alguma, as recomendações feitas por profissionais de saúde. Portanto, ela não deve ser utilizada na automedicação.
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