O esquecimento é a perda de uma informação que era armazenada na memória de longo ou curto prazo. O processo de esquecer, normalmente, é natural e ocorre com o tempo, porém também pode ser o sinal de uma condição mais séria.
Acredita-se que cerca de 56% das informações são esquecidas após uma hora, 66% depois de um dia e 75% depois de seis dias.
O maior fator que resulta no esquecimento é a falha na recuperação de memórias. Isso significa que, mesmo que a informação esteja armazenada na memória de longo prazo, o indivíduo não consegue acessá-la e acaba esquecendo-a.
O ato do esquecimento é comum, tanto que a maioria das pessoas usa fatores externos para lembrar de acontecimentos e memórias. Anotar datas em um pedaço de papel, ou marcar lembretes no celular são hábitos comuns que todas as pessoas fazem em algum momento da vida.
Cientificamente falando, as memórias são armazenadas em neurônios chamados de células de engrama. A lembrança ocorre quando essas células são ativadas e consequentemente, o esquecimento decorre da sua não ativação.
Uma pesquisa feita pelo psicólogo Hermann Ebbinghaus indica que esquecer envolve o tempo. O seu estudo resultou na formação do conceito “curva de esquecimento Ebbinghaus”.
A curva de esquecimento Ebbinghaus indica que, inicialmente, as informações são perdidas rapidamente depois de serem aprendidas. Como elas são aprendidas e armazenadas no cérebro também afetam o esquecimento. Informações armazenadas na memória de longo prazo são comumente mais estáveis e difíceis de esquecer. Além disso, a curva mostra que o nível de esquecimento só é reduzido quando toda a informação é perdida.
Uma teoria explica que esquecemos as coisas por causa da interferência de outras memórias. Informações menos relevantes, como uma janta específica em um dia da semana, começam a se embaralhar com outras refeições em outras semanas.
É difícil combater fatores como a interferência. Para lembrar de informações menos importantes, por exemplo, podemos estudá-las para que fiquem armazenadas na memória de longo prazo.
Outro fator importante para a lembrança é o sono. Especialistas acreditam que dormir logo após aprender alguma coisa é a melhor maneira de fazer com que memórias novas se tornem duradouras.
Um estudo publicado no jornal Nature Reviews Neuroscience indica que esquecer é um modo de aprendizado. De acordo com os cientistas, a teoria é de que o esquecimento acontece por conta de uma remodelação de circuito do cérebro que faz com que as células de engrama fiquem inacessíveis.
Os cientistas acreditam que o esquecimento acontece por conta de fatores externos, como o ambiente. Desse modo, esquecer nos permite interagir dinamicamente com o ambiente.
Se as memórias que formamos não são relevantes para o ambiente atual, então sua lembrança não é necessária. Esquecer, portanto, resulta em uma flexibilidade maior no entendimento e aprendizado de outros padrões de pensamento e comportamento.
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