Não há mais defensivos agrícolas proibidos na cadeia produtiva do Estado de São Paulo. Em 18 de agosto, na cidade de Taubaté, o governador Geraldo Alckmin concluiu a incineração dos agrotóxicos de uso proibido remanescentes – entre eles o ohexaclorobenzeno (BHC), proibido em 1985 e muito nocivo. O evento foi promovido pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) com o objetivo de promovera correta destinação de agrotóxicos e de suas embalagens, prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente.
Com a colaboração de 327 agricultores, que declararam a existência de cerca de 300 toneladas dos produtos ainda armazenados em suas propriedades, todo o volume de defensivos obsoletos foi identificado pela equipe da secretaria. O material foi recolhido e transportado por meio de ação do Inpev, com monitoramento dos trabalhos pela Cetesb.
A ação foi fruto de um esforço compartilhado entre os produtores, sindicatos, associações, cooperativas, indústria, comércio e poder público, que se articularam de forma inédita para garantir uma ação ambientalmente sustentável.
“O maior interessado no meio ambiente é o agricultor, olha que exemplo maravilhoso nós temos: 94% das embalagens são recuperadas e recicladas aqui”, disse Alckmin que, em sua incineração, eliminou também quantias de BHC, o hexaclorobenzeno, considerado altamente poluente e nocivo à saúde humana.
O uso do BHC está proibido no Brasil desde 1985, pois sua composição é altamente nociva ao ser humano, podendo causar danos irreversíveis ao sistema nervoso central. Muitos produtores mantinham estoques ou embalagens antigas em suas propriedades, por não saber como descartá-los corretamente.
O programa, iniciado em 2002, já destinou corretamente mais de 420 mil toneladas de embalagens vazias dos produtos em todo o país. No Dia Nacional do Campo Limpo, comemorado no dia 18 de agosto, são realizadas ações em mais de 100 unidades de recebimento de embalagens vazias de defensivos em 22 estados brasileiros.
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