A taxa de aumento da acidez nos oceanos é a mais alta dos últimos 300 milhões de anos e a biodiversidade marinha corre riscos sem precedência, diz relatório do Programa Internacional sobre o Estado dos Oceanos (IPSO, na sigla em inglês).
Os cientistas analisaram vários estudos que medem o impacto causado pelo homem sobre o ecossistema aquático, e os resultados mostram a deterioração gradual da saúde do oceano. Acidificação, desoxigenação e aumento de temperatura das águas globais são as consequências mais graves da atividade humana e constituem as principais ameaças ao bioma marinho do planeta. O painel de cientistas diz que a velocidade e o impacto da deterioração nas condições de vida marinha são maiores e mais iminentes do que foi estimado anteriormente. Os recifes de coral estão entre os organismos mais ameaçados, o que causa impacto em outras espécies por tabela, porque os corais servem de proteção para peixes de pequeno porte. E, ao prejudicar os pequenos peixes, toda a cadeia alimentar sofre danos.
O IPSO projeta um cenário ainda mais grave do que o relatório lançado em setembro pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU (IPCC).
Subprodutos da atividade humana
O estudo publicado chamou a atenção para os impactos antropogênicos no ambiente, quer dizer, o impacto que o funcionamento de sociedades humanas causa no ambiente físico e nos biomas globais.
Por exemplo, a poluição continua se acumulando no ambiente biofísico, causando uma cascata de malefícios para o planeta. As taxas de emissão de CO2 atuais colocam a acidificação do oceano como uma séria ameaça para o bioma marinho, para a captação de alimentos provenientes do oceano e para a segurança de quem vive no litoral. O aquecimento global vem causando a queda nas taxas de oxigênio no oceano. E a utilização intensa de água na agricultura e para o despejamento de esgotos está induzindo a eutrofização, ou seja, um aumento de substâncias naturais ou artificiais que causam mudanças no ecossistema em questão.
A pesca também é uma atividade que preocupa, porque nenhum país está lidando corretamente com a sobrepesca. Sendo que mais da metade das nações são classificadas como um fracasso na tentativa de controle da pesca predatória.
Os pesquisadores pedem ações imediatas por parte de governos e o reconhecimento de que a degradação do ambiente nos níveis atuais é uma situação insustentável para o planeta.
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