Treinamento, que ocorrerá entre 24 e 26 de abril, no Parque Nacional de Brasília, abordará restauração de áreas degradadas do Cerrado. Interessados podem se inscrever até dia 7
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Centro de Biodiversidade do Cerrado (CBC, antigo Cecat) promovem entre os dias 24 e 26 de abril o curso Restauração do Cerrado – Semeadura Direta.
As inscrições podem ser feitas até o dia 7 de abril pelo formulário. As vagas são limitadas. O público-alvo são gestores ambientais e restauradores. Estes últimos terão prioridade. Dúvidas e mais informações no e-mail sampaio.ab@gmail.com.
O curso, que ocorrerá no Centro de Visitantes do Parque Nacional de Brasília, será ministrado pelos instrutores Alexandre Sampaio, analista ambiental do ICMBio; Daniel Mascia Vieira, pesquisador Embrapa Cenargen; Isabel Belloni Schmidt, professora de Ecologia da UnB.
Conservação da biodiversidade
Segundo o analista Alexandre Sampaio, o curso tratará da restauração ecológica de áreas degradadas do Cerrado, visando à conservação da biodiversidade e o provimento de serviços ambientais. Serão trabalhadas sementes de espécies nativas dos campos e savanas do bioma, incluindo ervas, subarbustos, arbustos e árvores.
A semeadura direta, explica o analista e instrutor do curso, consiste no cultivo de plantas nativas por meio do uso de sementes sem a necessidade de produzir mudas. As sementes são dispersas manualmente ou mecanicamente diretamente sobre o solo.
Reintrodução de espécies
Sampaio destaca que a restauração do Cerrado depende da reintrodução de espécies de ervas, como gramíneas, subarbustos e arbustos nativos. Essas espécies ocorreram em alta intensidade em áreas de vegetação nativa.
“Seriam necessárias pelo menos quatro mudas por metro quadrado ou 40.000 mudas por hectare. Isso inviabilizara financeiramente o plantio de mudas para reintroduzir as plantas herbáceas ou arbustivas do Cerrado. Por isso, usamos a semeadura direta”, diz o analista ambiental.
No Cerrado, há pelo menos 70 mil hectares de áreas degradadas dentro de unidades de conservação de proteção integral que precisam ser restaurados. “A forma de atingir escala e alcançar esta demanda passa pelo uso da técnica de semeadura direta que apresenta boa relação custo-benefício”, conclui ele.