Esterco de galinha é um adubo orgânico que vem se tornando cada vez mais popular entre indivíduos que possuem plantações e hortas. Isso porque ele contém nutrientes e matéria orgânica capazes de acumular água como uma esponja, reduzindo a necessidade de irrigação constante.
Apesar de não superar os fertilizantes químicos em seus níveis de nitrogênio, fósforo, potássio e cálcio, o esterco de galinha garante ao solo uma melhor estrutura, o que os produtos industrializados não são capazes.
Fertilizantes e adubos orgânicos são todos os produtos de natureza fundamentalmente orgânica, obtidos por processo físico, químico, físico-químico ou biológico, natural ou controlado, a partir de matérias-primas de origem industrial, urbana ou rural, vegetal ou animal, enriquecidos ou não de nutrientes minerais.
Basicamente, os fertilizantes e adubos orgânicos se dividem em alguns tipos principais e você pode produzi-los em casa e ainda diminuir sua geração de lixo e emissão de gases do efeito estufa na atmosfera.
O esterco de galinha é considerado uma importante fonte de nutrientes que age como uma espécie de corretivo do solo. Quando comparado a outros estercos, como de vaca, ele mostra-se rico em nitrogênio, fósforo, potássio e cálcio.
A adição desses elementos ao solo aumenta a sua capacidade de retenção de água, melhorando a aeração e a drenagem. Ademais, diminui os riscos de erosão e lixiviação, isto é, a extração ou solubilização dos químicos de uma rocha, mineral ou solo, pela ação de um fluido.
A matéria orgânica também provê uma fonte de alimento constante para os micro-organismos. Isso aumenta a diversidade biológica do solo, acelerando a decomposição dos nutrientes, em tamanhos mais vantajosos para as plantas.
O esterco e a palhagem utilizada no chão do galinheiro são os principais ingredientes para a produção do esterco de galinha. “Pode-se usar outros compostos também, como a matéria orgânica de resíduos da cozinha: cascas e talos de vegetais”, sugere Beatriz Carvalho, ambientalista, geógrafa e diretora executiva da Mato no Prato, empreendimento de Educação Ambiental.
O primeiro passo para fazer o esterco de galinha é decidir onde o material ficará: composteira, caixotes de pallets ou vala. Em seguida, é preciso recolher a titica e a palhagem. Para a montagem, é necessário intercalar camadas de esterco, serragem e outros materiais (como resíduos orgânicos).
O tamanho das camadas depende do local em que o insumo será produzido e da quantidade de material que o indivíduo tiver à disposição. Para ter um padrão, Carvalho indica medir um palmo para cada camada.
O esterco de galinha leva de três a seis meses para ficar pronto. De acordo com a ambientalista, o clima e local de produção são os principais fatores que interferem nesse intervalo.
O principal cuidado a ser tomado é controlar a umidade do solo para que a decomposição seja realizada com eficiência. Além disso, é necessário prestar atenção para ver se o esterco “sumiu”. Em sua forma bruta, o adubo apresenta alta concentração de bactérias. “Você nunca deve aplicá-lo diretamente em seu jardim ou plantação. A acidez é muito grande e, se você usar antes da hora, pode comprometer a saúde das plantas e até queimar as folhas”, alerta Carvalho.
De acordo com a especialista, o esterco de galinha poderá ser usado quando apresentar uma terra úmida, solta, leve, sem cheiro e de coloração quase preta.
O esterco de galinha pode ser aplicado em várias colheitas. Por ser rico em nitrogênio, beneficia a produção de feijão e milho, por exemplo. Há também fósforo e potássio como nutrientes.
O ideal é ter cuidado com a quantidade de adubo utilizada na plantação ou horta porque o esterco é rico em nitrogênio que, em altas dosagens, pode acabar queimando as plantas e suas raízes.
A grande quantidade de umidade pode atrapalhar a decomposição. Caso o produtor tenha esse problema, o apropriado é adicionar mais elementos de sucção, como palhagem e folhas secas. O tamanho dos materiais inseridos também pode alterar o desempenho. As espigas de milho, por exemplo, levam mais tempo para se decompor. Sendo assim, o recomendado é passar as espigas por um picador de vegetais. “Quanto menores as partículas, mais rápida é a decomposição”, afirma a especialista.
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