A estimulação cerebral profunda é um procedimento neurocirúrgico onde são implantados eletrodos em certas áreas do cérebro para regular atividades cerebrais anormais. Os impulsos elétricos são usados no tratamento para doenças motoras como a doença de Parkinson, epilepsia e distúrbios neuropsiquiátricos.
Os eletrodos são implantados no cérebro com ajuda de um aparelho de ressonância magnética que mapeia os locais de atividade anormal. Depois disso, é feita a implantação de um gerador de impulsos — um aparelho parecido com um marca-passo que fica debaixo da pele do peito, perto das clavículas ou no abdômen.
A cirurgia foi aprovada em 1997 para tratar os tremores associados à doença de Parkinson, em 2002 para tratar os sintomas avançados e em 2016 para tratar os primeiros estágios da doença.
É estimado que a estimulação cerebral profunda seja usada para tratar mais de 160 mil pessoas por conta de condições neurológicas diversas.
O procedimento da estimulação cerebral profunda é feito quando os medicamentos usados para tratar as doenças motoras e os distúrbios neuropsiquiátricos não apresentam eficácia.
É usado em casos de:
No caso da doença de Parkinson, os sintomas indicados para o procedimento são tremores, bradicinesia (lentidão de reflexos e movimentos do corpo), rigidez e dificuldade de andar.
Nesse caso, são tremores ocorridos durante tarefas do dia a dia como ao escrever ou beber.
Na distonia, o procedimento é indicado a pacientes que apresentam contrações musculares involuntárias durante atividades específicas e quando esses sintomas são agravados em episódios de estresse, ansiedade ou fadiga.
Os sintomas são olhar fixo, confusão temporária, perda de consciência e movimentos incontroláveis dos membros.
Medo de germes ou contaminação, limpeza excessiva, contar compulsório e outros hábitos compulsivos como pensamentos e necessidade de avaliar coisas repetidamente.
A estimulação cerebral profunda é estudada como possível tratamento para casos de síndrome de Tourette e dores crônicas.
Uma pesquisa publicada em 2021 usou o procedimento para tratar episódios de depressão, porém, os resultados foram decepcionantes. No período entre 2015 e 2017, pacientes analisados não mostraram nenhuma melhora ao serem estimulados pelos eletrodos do procedimento. Alguns pacientes de longa data mostraram melhora depois de um ano da pesquisa original.
A depressão afeta o cérebro de maneiras diferentes em cada paciente, portanto é necessária a adaptação da estimulação cerebral profunda para cada caso específico.
A cirurgia é considerada uma de poucos riscos, mas ainda existem alguns casos de complicações, como qualquer outra cirurgia.
Alguns riscos são:
Após a cirurgia, pacientes podem experienciar dores de cabeça, confusão mental, derrames, convulsões, dificuldade em se concentrar, dores no local do implante e infecções.
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