A estrela-do-mar é um animal invertebrado caracterizado por ter cinco braços terminados em ponta. Ela pertence à família dos equinodermos, um grupo de animais marinhos que apresentam um conjunto de características físicas únicas. Entre elas, pode-se citar o sistema esquelético, o tegumento, a simetria e o sistema ambulacrário.
Atualmente, quase 2 mil espécies diferentes de estrelas-do-mar são conhecidas e todas habitam águas salgadas. Sua maior densidade é observada nas zonas Indo-Pacíficas e tropicais.
Vale ressaltar que a presença de cinco braços não é uma característica obrigatória, já que algumas espécies de estrela-do-mar possuem mais de cinco apêndices ligados a seu disco central.
As estrelas-do-mar ocorrem nos oceanos de todo o mundo, desde as águas quentes dos trópicos até os oceanos polares, sobrevivendo tanto nas zonas de marés de praias quanto em regiões de grande profundidade, consideradas abissais.
A alimentação das estrelas-do-mar é formada por amêijoas, ostras, pequenos peixes, artrópodes e moluscos gastrópodes. Além disso, elas podem ingerir algas e outras plantas marinhas.
As estrelas-do-mar possuem um sistema particular chamado de ambulacrário, ou hidrovascular. De modo geral, ele é composto por um conjunto de canais derivados do celoma, que emitem prolongamentos ocos denominados pés ambulacrais, que atuam na locomoção, captura de alimento, trocas gasosas (a pele dos equinodermos é impermeável), eliminação de excretas, percepção sensorial, ou em uma combinação dessas funções.
Na natureza, a expectativa de vida média das estrelas-do-mar é de 35 anos. No entanto, ameaças ambientais fazem com que muitas delas não atinjam essa idade.
Acredita-se que a principal ameaça global para as estrelas-do-mar seja uma doença que tem afetado diretamente essas espécies. Os estudiosos dizem ainda ser um vírus misterioso. Embora seja um problema por si só, também pode estar associado a outras ameaças, incluindo o aumento da temperatura do mar provocado pelas mudanças climáticas.
De forma independente, essas ameaças têm o potencial de diminuir as populações de estrelas-do-mar nas regiões afetadas.
Segundo estudos, a doença destruidora de estrelas-do-mar pode causar a mortalidade em massa desses seres vivos. Ela pode se manifestar como uma ampla gama de sinais e sintomas distintos, incluindo deflação, descoloração, torção dos braços e lesões na parede corporal. As lesões provocadas pela doença são brancas e se desenvolvem no corpo ou nos braços de uma estrela-do-mar. Conforme se espalham, os membros afetados podem cair.
Normalmente, a maioria das estrelas-do-mar pode se recuperar dessa doença, mas no caso da síndrome viral, o tecido corporal restante começa a se decompor e a estrela-do-mar morre logo depois.
Apesar de a ligação entre as temperaturas mais altas e a doença não ser clara, cientistas sugerem que isso pode ser devido ao fato de que as águas mais quentes possuem menos oxigênio, mas níveis mais elevados de nutrientes.
Se os níveis de oxigênio forem muito baixos, as estrelas-do-mar não conseguirão obter gás o suficiente e sufocarão. Ainda, esse efeito é agravado pelo fato de que as águas mais quentes contêm níveis elevados de bactérias, que também estão ligadas à proliferação de algas e zonas mortas.
As estrelas-do-mar são espécies-chave em seus habitats. Sua existência é crítica para a saúde do ecossistema como um todo, porque elas fornecem recursos essenciais para outras espécies dentro do habitat ou controlam a população de espécies que poderiam dominá-lo.
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