Universidade japonesa acompanhou evolução de 12 idosos com Parkinson que jogaram pingue-pongue por seis meses. Resultados são promissores
O pingue-pongue, versão amadora do tênis de mesa, é considerado uma terapia útil para doenças como Alzheimer, demência e outros problemas associados a degenerações cerebrais. Agora, um estudo piloto realizado no Japão analisou o potencial dessa atividade que exige foco, coordenação motora e reflexos rápidos no tratamento do Mal de Parkinson.
Liderado por cientistas da Universidade de Fukuoka, no Japão, o estudo observou por três a seis meses 12 indivíduos com idade média de 73 anos, todos com Parkinson leve a moderado, diagnosticado em média sete anos antes. Os resultados preliminares foram apresentados na última reunião anual da Academia Americana de Neurologia, em fevereiro desde ano, e mostram melhoras significativas na capacidade dos participantes de realizarem diversas tarefas diárias.
No início do estudo, os pesquisadores avaliaram os sintomas de cada paciente para avaliar sua gravidade. Depois, os idosos passaram por sessões semanais de pingue-pongue, cada uma delas com cinco horas de duração.
As sessões foram compostas por períodos de alongamento seguidos de exercícios de pingue-pongue, nos quais um jogador experiente participou como dupla dos analisandos. Essas sessões foram projetadas pelo departamento de ciências esportivas da universidade especialmente para os pacientes com Parkinson, com os sintomas de cada indivíduo sendo avaliados após três meses de terapia e depois novamente aos seis meses.
Os participantes exibiram “melhorias significativas” nos dois intervalos analisados em suas capacidades de realizar tarefas como fala, caligrafia, vestir-se, sair da cama e caminhar. No início do estudo, os participantes precisavam de uma média de duas tentativas para sair da cama, número que se reduziu a apenas uma ao final do estudo. Melhorias significativas também foram observadas em aspectos como expressão facial, postura, tremores nas mãos e rigidez do pescoço.
Embora entusiasmados com a melhora marcante percebida, os pesquisadores destacam que o estudo envolveu apenas um pequeno grupo de observação e não contou com um grupo controle para comparar com os sintomas de pacientes de Parkinson que não jogaram pingue-pongue.
Os cientistas pretendem aprofundar a pesquisa, realizando estudos mais amplos para confirmar as descobertas. “Embora este estudo seja pequeno, os resultados são animadores porque mostram que o pingue-pongue, uma forma de terapia relativamente barata, pode melhorar alguns sintomas da doença de Parkinson”, declarou Inoue, um dos coordenadores da pesquisa.
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