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Pesquisa destaca a prevalência de substâncias cancerígenas em embalagens e a necessidade urgente de reformulação nas regulamentações de segurança alimentar

Pesquisas recentes acenderam um alerta global: embalagens de plástico, papel e papelão usadas em alimentos contêm substâncias com potencial de causar câncer de mama, expondo diariamente milhões de consumidoras a riscos silenciosos e subestimados. Entre os materiais analisados, apenas o vidro se mostrou seguro, não liberando substâncias cancerígenas.

O estudo, conduzido pelo Food Packaging Forum, organização suíça dedicada à análise de materiais de contato com alimentos, avaliou quase 200 tipos de embalagens de mercados espalhados por países como Brasil, China, Canadá e México. Os pesquisadores identificaram 189 substâncias presentes nos produtos, das quais 143 foram encontradas especificamente em plásticos, que se mostraram os maiores vilões no cenário. Além disso, 30 dessas substâncias apresentaram evidências diretas de causar câncer de mama em estudos com roedores, enquanto outras 67 são suspeitas de causar danos genéticos graves.

O levantamento também utilizou uma lista de compostos químicos potencialmente causadores de câncer de mama, elaborada pelo Instituto Silent Spring, que serviu como base para a pesquisa. A análise trouxe à tona moléculas que podem desregular o sistema endócrino, contribuindo para o desenvolvimento de tumores. Os pesquisadores apontam que, apesar de existirem regulações que visam controlar a exposição a esses químicos, as normativas ainda apresentam falhas significativas. A exposição crônica da população a essas substâncias foi considerada uma realidade presente e constante.

Ainda mais alarmante, a análise revelou que as regulamentações atuais não conseguem impedir a migração dessas substâncias para os alimentos. Especialistas afirmam que as políticas vigentes deixam lacunas perigosas, permitindo que materiais de contato com alimentos, especialmente os plásticos, sejam fontes de contaminação potencialmente cancerígena. Para agravar o cenário, a pesquisa mostrou que, mesmo sob condições realistas de uso, como o aquecimento ou armazenamento de alimentos, os plásticos continuam liberando agentes nocivos.

Entre os materiais avaliados, o vidro foi o único que não apresentou risco de contaminação. Esse dado coloca o vidro como uma alternativa segura para quem deseja reduzir a exposição a substâncias tóxicas. No entanto, as demais embalagens analisadas – especialmente as de plástico – mostraram uma elevada concentração de químicos com potencial cancerígeno.

Os pesquisadores do estudo destacam que a descoberta abre uma “oportunidade de prevenção” importante, que ainda é negligenciada por muitos. A prevenção do câncer de mama, nesse contexto, poderia começar com a conscientização sobre os riscos das embalagens que entram em contato com os alimentos no cotidiano de bilhões de pessoas ao redor do mundo.

A pesquisa publicada na revista científica Frontiers in Toxicology reforça a urgência de revisar as legislações que regulam materiais de contato com alimentos, especialmente os plásticos. A substituição por materiais mais seguros, como o vidro, pode ser uma medida de saúde pública essencial para prevenir a exposição desnecessária a substâncias cancerígenas e garantir uma maior segurança alimentar para a população global.


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