Estudo mostra que 90% das aves marinhas ingerem plástico dos oceanos

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E a estimativa é de que, até 2050, esse percentual chegue a 99%

Ao contrário do que muitos pensam, não são as plantas e árvores nossa principal fonte de oxigênio; são os oceanos. Eles são responsáveis por mais de 50% de todo o oxigênio produzido no planeta, por isso cuidar e preservar a fauna e flora marinhas é de total importância, mas infelizmente não é isso que vem acontecendo.

Um dos principais fatores que contribui para esse cenário de degradação é a contaminação de suas águas por plástico, que já atinge 88% da superfície dos mares. Mas não são só os resíduos relacionados com a atividade pesqueira, os sacos plásticos e resíduos de embalagens que poluem, há também fragmentos de pequenas dimensões resultantes da degradação dos plásticos maiores, que são conhecidos como microplásticos.

A poluição por meio desses fragmentos suscita grande preocupação. Apesar da escassez de informação e de estudos, sabe-se de sua elevada toxidade para a fauna marinha, além dos microplásticos serem frequentemente confundidos com alimento por esses animais, interferindo assim na cadeia alimentar.

Estudos

Um estudo feito entre 1962 e 2012 havia mostrado que 29% das aves marinhas haviam ingerido plástico, percentual que aumentou drasticamente segundo um estudo mais recente feito por um grupo de cientistas australianos – a pesquisa mostrou que 90% das aves marinhas possuem fragmentos de plástico em seu intestino.

Os pesquisadores chegaram a essa conclusão depois de estudar 186 espécies de aves marinhas, e conforme divulgado pelo site do jornal Washington Post, dos Estados Unidos, usaram de simulações de computador dos locais de lixo e das aves, bem como seus hábitos alimentares, para determinar as áreas em pior situação. Descobriram que, ao contrário do que pensavam, as áreas que apresentam problemas não são aquelas com maior quantidade de resíduos, e sim aquelas que possuem uma quantidade maior de espécies diferentes, como no hemisfério sul, na região da Austrália e da Nova Zelândia.

Ainda segundo eles, até 2050, 99% das aves marinhas terão resíduos plásticos em seu organismo, isso acontece porque a produção do material só tende a aumentar, o que afasta a ideia de uma solução política definitiva para o problema. Eles preveem que a produção dos próximos 11 anos será tão grande quanto a de todos os anos anteriores juntos.

Um dos pesquisadores contou já ter encontrado todo o tipo de coisa dentro do intestino das aves, desde isqueiros, balões e tampinhas, até coisas maiores como brinquedos.

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