Se lixo e resíduos agrícolas disponíveis na União Europeia fossem otimizados para a produção de biocombustível, 16% de seu transporte rodoviário poderia rodar de maneira mais limpa, agredindo menos o meio ambiente. Esse dado é somente um dos exemplos dos benefícios de se explorar o “lixo” no continente apontados por um relatório de empresas e ONGs da Europa intitulado Europe’s Untapped Resource (Recursos da Europa Inexplorados em tradução livre).
O estudo revelou o grande potencial inexplorado de matéria-prima existente para a produção sustentável de biocombustíveis avançados. Os biocombustíveis, que são combustíveis de origem biológica, utilizam-se geralmente de produtos agrícolas para sua produção. Se um biocombustível é classificado como “avançado”, ele contribui de forma significativa para a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa, pois é capaz de diminuir essas emissões em pelo menos 50%, se comparado à gasolina. É o caso do etanol de cana-de-açúcar brasileiro, classificado como um biocombustível avançado, pois tem uma redução de 61% de emissões quando utilizado.
No caso do biocombustível na Europa, a produção na região usando o potencial de recursos de maneira sustentável reduziriam as emissões de CO2 em mais de 60%, segundo o relatório. Considerando apenas a utilização de resíduos agrícolas como matéria-prima, a redução das emissões dos gases causadores do efeito estufa chegaria a 80%. Já a utilização de lixo proveniente das cidades foi o que apresentaria maior porcentagem de redução, mais de 100%, devido à possibilidade de evitar que esse lixo se decomponha nos aterros sanitários, originando gás metano, que contribui para o aquecimento global.
Além dos benefícios para o meio ambiente, o aproveitamento do “lixo” disponível também traria benefícios econômicos: até 15 bilhões de Euros seriam injetados no setor rural por ano e 300 mil empregos seriam criados. Haveria também uma diminuição considerável da importação de petróleo pelo continente, diminuindo a sua dependência energética.
Quer saber mais sobre os biocombustíveis? Assista ao vídeo abaixo (em inglês):
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