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Cultivo de algas pode ser uma solução sustentável para reduzir o CO₂ atmosférico

Um estudo internacional revela que as fazendas de algas marinhas têm potencial para armazenar quantidades significativas de carbono, rivalizando com ecossistemas costeiros como manguezais. A pesquisa, publicada na Nature Climate Change, aponta que o acúmulo de carbono nessas áreas aumenta com a idade das fazendas, oferecendo uma alternativa promissora para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

A busca por soluções naturais para a remoção de carbono da atmosfera tem ganhado destaque diante da urgência climática. Nesse contexto, as algas marinhas emergem como uma opção viável, capaz de extrair carbono da água do oceano e, indiretamente, permitir que os mares absorvam mais CO₂ da atmosfera. Essa abordagem pode evitar impactos negativos, como a acidificação dos oceanos, que ameaça ecossistemas marinhos, incluindo os recifes de coral.

A pesquisa analisou dados de 20 fazendas de algas distribuídas globalmente, com idades variando de 2 a 300 anos e tamanhos entre 1 e 15.000 hectares. Os resultados mostraram que as fazendas mais antigas sequestram quantidades impressionantes de carbono, chegando a 140 toneladas métricas por hectare. Em média, o carbono armazenado no sedimento abaixo dessas fazendas foi o dobro do encontrado em áreas adjacentes sem cultivo de algas.

Esses achados sugerem que o cultivo de algas marinhas, especialmente em regiões onde há acúmulo natural de sedimentos, pode se equiparar a habitats de Carbono Azul, como manguezais e pântanos salgados. Além de contribuir para a redução do carbono atmosférico, essa prática pode trazer benefícios adicionais, como a proteção da biodiversidade marinha e a geração de renda para comunidades costeiras.

Apesar do otimismo, os pesquisadores alertam para a necessidade de mais estudos que avaliem os impactos ecológicos e socioeconômicos da expansão dessas fazendas. A implementação em larga escala requer planejamento cuidadoso para garantir que os benefícios ambientais não sejam comprometidos por efeitos colaterais indesejados.

A pesquisa, liderada por Carlos M. Duarte e sua equipe, foi publicada na Nature Climate Change e destaca o papel das algas marinhas como aliadas na luta contra as mudanças climáticas. Com o avanço das tecnologias e o aumento do interesse em soluções baseadas na natureza, as fazendas de algas podem se tornar uma peça-chave no combate ao aquecimento global.


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